Funcionários da Renault do Brasil com sede em São José dos Pinhais decidiram cruzar os braços e estão em greve. Em Assembleia realizada na noite de terça-feira (21) no Complexo Ayrton Senna, ficou decidido que os trabalhadores só irão retornar ao trabalho quando a empresa recontratar os 747 colaboradores que foram demitidos nesta semana. O motivo deste desligamento seria a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus e a falta de perspectiva para os próximos meses. A empresa acabou fechando o 3° turno de serviço.
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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), as demissões ocorrem em meio à negociações que estavam em andamento desde a semana passada, justamente para evitar o desligamento de trabalhadores. A posição da Renault sobre as demissões é de que desde o início da pandemia, em março, a empresa aplicou soluções de flexibilidade como férias coletivas e a MP936 para o enfrentamento da crise da covid-19. Segundo a empresa, com o agravamento da situação, queda das vendas da Renault em 47% no primeiro semestre, e a falta de perspectiva de retomada do mercado a empresa buscou negociações com o sindicato, e vem nos últimos 50 dias trazendo propostas para a necessária adequação da estrutura fabril.
Conforme explica a assessoria da Renault, entre as propostas estava a redução de 25% de jornada de trabalho e salário na fabricação e plano de demissão voluntária (PDV). Segundo a empresa, ambas foram rejeitadas pelo SMC e a alternativa foi anunciar a demissão dos 747 trabalhadores.