O funcionário do supermercado Atacadão, acusado de racismo contra a professora Isabel Oliveira, negou que estava vigiando a mulher nos corredores do estabelecimento, na última sexta-feira (7). Em depoimento feito na terça-feira (11) na Polícia Civil, o rapaz informou que só percebeu a presença de Isabel quando ela o abordou. Em protesto, a professora voltou ao mercado e fez a compra que precisava apenas usando roupas íntimas.

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O caso ganhou notoriedade nacional e o presidente Lula chegou a comentar o problema ocorrido com a professora, que relatou ser perseguida por mais de meia hora por um segurança enquanto fazia compras.

“O papel dele deve ser perseguir uma pessoa preta dentro do mercado. Não dá pra ser tratado como se fossemos uma ameaça. Eu sei o que aconteceu e eu tenho que provar que estava sendo perseguida pelo segurança. Isso não pode ficar assim”, ressaltou a professora antes de confecciona o Boletim de Ocorrência.

Câmeras vão mostrar situação

No depoimento realizado na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), a delegada informou que câmeras de segurança irão ajudar na investigação.

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“Ele disse que andou no corredor central de maneira constante, mas tudo isso será analisado pelo setor de inteligência e emitido um relatório. A gente espera que com as imagens a gente consiga esclarecer esse fato”, disse a delegada Camila Cecconello. Ao todo foram entregues oito horas de filmagens, que serão analisadas pela equipe policial.

Protesto

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Depois do ocorrido no supermercado, a professora fez um vídeo nas redes sociais lamentando a situação. Dopois foi para casa e escreveu frases em seu corpo e retornou ao mercado apenas com roupas íntimas. “Sou uma ameaça?”, escreveu ela em seu corpo.

E aí, Atacadão?

Por meio de nota, o Grupo Carrefour Brasil, dono do mercado Atacadão, afirmou que “segue postura de tolerância zero contra qualquer tipo de racismo”. O funcionário segue suspenso temporariamente das atividades durante o período de investigação.