Ajudantes do crime

“Funcionárias” do tráfico são presas com cocaína líquida

Um sobrado no Jardim Holandês, em Piraquara, era o esconderijo usado por mulheres de detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) para o tráfico de drogas. Correspondências que seriam enviados aos companheiros e documentos para a entrada no presídio foram apreendidos no local e duas delas foram presas em flagrante.

Na residência foram apreendidos 2,5 quilos de cocaína, 800 gramas de maconha e uma mistura que até poderia passar batida aos olhos dos policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope): parte da cocaína estava diluída em óleo de coco. O delegado Rodrigo Brown contou que foi feito um teste com reagente que apontou a presença da droga no líquido.

O material será encaminhado à perícia para saber qual a concentração de cocaína na mistura. O delegado acredita que a técnica era usada para facilitar a entrada do entorpecente no presídio. ‘Esse procedimento serve para conseguir transportar a droga de maneira segura e até mesmo para que seja colocada dentro do presídio, nas mãos dos detentos, em embalagens de produtos como iogurtes e xampus‘, comentou.

O restante das drogas, conforme investigação do Cope, seria vendida no centro de Curitiba. No sobrado foram detidas Brenda Kelly Oliveira de Moura, 19 anos, e Sabrina Fonteneles Sousa da Silva, 21. As duas mulheres não deram explicações sobre o crime à polícia. “Elas têm muito medo de revelar a verdade, de dizer quem seriam os principais responsáveis, pois provavelmente tratam-se de presos perigosos”, afirmou Rodrigo.

As investigações continuam para saber qual o envolvimento dos detentos e das outras mulheres que tinham documentos na casa.

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