Se em Curitiba a quantidade de ônibus estabelecida pela Justiça para os horários de pico não é cumprida durante a greve, na Região Metropolitana o cenário é outro. Segundo a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), responsável pelo gerenciamento do transporte na RMC, embora os terminais concentrem reclamações de demora dos ônibus, a frota mínima de 50% rodando das 5h às 9h e das 17h às 20 horas, bem como a de 40% nos demais períodos, está sendo respeitada. Ao todo, 19 cidades da RMC também estão registrando paralisação parcial no serviço.
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Mesmo assim, quem depende do transporte público tem precisado de paciência, em função dos atrasos dos ônibus. Esse é o caso, por exemplo, de passageiros que se deslocam de Curitiba para São José dos Pinhais, Araucária e Colombo. De acordo com a Comec, 250 mil pessoas por dia dependem do sistema de transporte metropolitano na região.
Longa espera
Wagner Santos, de 25 anos, aguardava na manhã desta segunda-feira (20) o ônibus que o levaria até o trabalho em Araucária. Passados 20 minutos no terminal do Portão, ele ainda não tinha perspectiva de quando iria embarcar, mesmo tendo se precavido e saído de casa meia hora antes do habitual. “Estou voltando de férias hoje, então não sei como foi aqui na semana passada. Mas hoje é isso que você está vendo: demora”, relatou o rapaz.
No terminal do Boqueirão, um dos principais pontos de ligação entre o transporte de Curitiba e São José dos Pinhais, as filas de passageiros eram longas nesta manhã. A situação era parecida com o que ocorreu na sexta-feira (17), quando os ônibus estavam demorando, em média, 30 minutos para passar.
A Comec afirma que controla as frotas nas ruas e que, por isso, pode constatar o cumprimento da determinação judicial que estabelece frota mínima. O monitoramento é feito junto às empresas, na operação de saída das garagens. Segundo a coordenação, nos municípios mais distantes, como Agudos do Sul, Balsa Nova, Mandirituba e Quitandinha, o serviço está operando com 100% da frota.
Menos passageiros
Ainda conforme a Comec, nesses dias de paralisação, houve queda no número de passageiros transportados e impacto no caixa do sistema. Os dados sobre o reflexo da paralisação, porém, só serão divulgados no final de março.