Notas "furtadas"

Fraudes no Nota Paraná são investigadas pela Polícia em Curitiba e região. Notas eram furtadas

Foto: Divulgação/Polícia Civil.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas de Curitiba e região metropolitana desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (16) para cumprir 45 ordens judiciais contra integrantes de uma quadrilha ligada a fraudes contra o programa Nota Paraná, aquele que permite dinheiro de volta quando se coloca o CPF na nota, além de outros benefícios. Segundo a Polícia Civil, são 15 mandados de busca e apreensão, 10 apreensões de veículos e 15 bloqueios de contas bancárias e aplicações financeiras no valor de R$ 440 mil cada.

As investigações da Polícia apontaram que a quadrilha cometia diversas irregularidades e fraudes a partir de entidades beneficentes e empresas participantes do programa. São três as entidades investigadas, sendo que elas prestam serviços assistenciais às crianças, idosos e também a a animais, mas seus nomes não foram revelados.

O esquema funcionava assim: as empresas faziam o lançamento das notas para entidades sociais sem o consentimento dos consumidores. A policia descobriu ainda que algumas entidades sociais, com o objetivo de ter benefício próprio, furtavam urnas contendo notas fiscais doadas à outras instituições.

O grupo é investigado por estelionato contra a administração pública, já que obrigavam vantagem ilícita em prejuízo de outras instituições beneficentes e do Estado.

Lembrando que vários estabelecimentos contam com caixinhas para que população possa doar as notas como forma de ajuda e isso é permitido, não tendo relação com o esquema.

Grana ia pra onde?

A PCPR também apurou que as instituições ainda empregavam irregularmente os créditos obtidos no Nota Paraná, sem que houvesse comprovação da utilização na atividade de entidade social. Durante as diligências ainda foi apurado que membros da diretoria e do conselho fiscal recebiam pagamentos em valores substanciais e sucessivos. Os indivíduos falsificavam assinaturas e recibos.

A ação ocorre simultaneamente na Região Metropolitana de Curitiba e conta com o apoio da Receita Estadual, Ministério Público do Paraná e Polícia Científica.

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