Crise

Fotógrafo de Curitiba registra momento em que a vida “deu na cara da gente”

Preço dos combustíveis está um absurdo em Curitiba
Duas fotos tiradas do mesmo local, um posto de combustíveis na Rua Mateus Leme, em Curitiba, com 1 ano e meio de diferença. Foto: Colaboração / Daniel Castellano

Não precisa vir um jornal, nem mesmo dados técnicos como as prévias de IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para nos dizer que: “tá tudo caro“. Basta sair de casa que o número do saldo da nossa conta corrente começa a diminuir. Aliás, não precisa nem sair de casa, na verdade, já que o preço da luz e do gás, por exemplo, estão pela hora da morte.

Mas, de vez em quando, a vida “dá na cara na gente”.

As fotos que ilustram essa matéria são do premiado reporter fotográfico Daniel Castellano, um dos mais atentos observadores da cidade de Curitiba. Ele fez as duas imagens com diferença e pouco menos de um ano e meio de uma para a outra. O primeiro registro foi em 27 março de 2020, mês do início da pandemia do novo corona´virus no Brasil.

A segunda foi feita esta semana, portanto, um ano e seis meses depois, no mesmo local (um posto de combustíveis na rua Mateus Leme, em Curitiba..

Veja mais do trabalho do Daniel em seu perfil no Instagram.

Há muitos anos o preço dos combustíveis são um termômetro muito preciso da desgraceira que é viver no Brasil. Apesar de não ser tão velho, não sou tão jovem e lembro muito bem quando R$ 10 rendiam em torno de 7 litros quando eu abastecia meu Uninho 1993, primeiro carro que tive na vida. Dava gosto de ver e até “saudades” do frentista, já que só o veria novamente dias depois. Hoje, se você abastecer “deizão”, arrisca nem chegar em casa. O preço dos combustíveis estão obscenos.

Independente do culpado – deixem que os governos estaduais e federais continuem este estúpido jogo de empurra-empurra – encher o tanque (na verdade ter um carro, no Brasil) virou coisa de rico. Os memes que brotam na internet diariamente caçoavam esses dias do preço do arroz, do tomate e da carne. Rimos bastante naquela época e seguimos com a vida.

Hoje não tem graça nenhuma ver que nosso dinheiro e o suor do nosso trabalho não valem nada para quem comanda estado e país. Saber que o caos viria após ou durante a pandemia não era coisa de gênio. Era óbvio. Saber o que fazer para evitar que o povão pagasse a conta era obrigação dos nossos governantes (em todas as esferas do poder). E ninguém fez muita coisa.

Talvez os memes do preço do tomate e do arroz lhes tomaram mais atenção do que deveriam.

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