As fortes chuvas que atingiram Curitiba desde o início da tarde desta quarta-feira (14) causaram pontos de alagamentos na capital e em cidades da região metropolitana. De acordo com o Simepar, choveu 63 milímetros das 14h às 17h30. E a previsão é de que mais chuvas intensas, atinjam a cidade nas próximas horas.
O temporal trouxe problemas causados pela água acumulada nos bairros Alto da XV, Cristo Rei, Jardim Botânico, Boa Vista, Bairro Alto, Bom Retiro, Cabral, Hugo Lange, Centro Cívico, Centro, Tarumã, Novo Mundo, Fazendinha, Santa Cândida, Atuba, Tingui, Boqueirão, Uberaba e também em, Pinhais, Colombo, Tamandaré e Rio Branco do Sul.
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Segundo a Defesa Civil de Curitiba, até às 18h desta quarta, cerca de 25 ocorrências de alagamentos, concentradas na região centro/norte da cidade. Equipes do Meio Ambiente atenderam a duas quedas de árvore – uma no Cabral e outra no Boqueirão.
Houve, ainda, o afundamento de asfalto na esquina da Avenida Visconde de Guarapuava com Rua Desembargador Westphalen, no Centro. Equipes da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) estão nas ruas para verificar nove registros de desabamento de muro.
Locais afetados
Um dos principais trechos afetados foi a região dos cruzamentos da Rua Visconde de Nácar com as ruas Fernando Moreira, Cruz Machado e Dr. Carlos de Carvalho. Neste ponto, várias motos foram derrubadas pela água, após o biarticulado criar “uma onda” ao passar pelo local.
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No Jardim Botânico, a trincheira que passa embaixo do prédio da URBS, na Rodoferroviária de Curitiba, ficou totalmente alagada. A passagem é utilizada por passageiros que vão aos terminais de embarque e desembarque do terminal estadual, inclusive taxistas que estão presos do outro lado da trincheira.
Outros pontos importantes da cidade também foram alagados, como Terminal Cabral, Terminal Santa Cândida, Parque Tinguí, Parque Barigui, Parque São Lourenço, Jardim Botânico, Estádio da Vila Capanema, universidades, entre elas, o UniBrasil e a Unespar Campus Curitiba (FAP). Em nota, o UniBrasil informa que apenas o térreo do bloco 6 foi atingido pela chuvas e que uma equipe de manutenção trabalha para solucionar os danos causados, sem prejudicar as aulas que acontece nos outros cinco blocos da Instituição.
Veja o vídeo mandado pelo leitor Jorge Prado, da região da Rodoferroviária
Equipamentos públicos
As fortes chuvas também provocaram alagamentos em seis unidades da Fundação de Ação Social (FAS), três delas que prestam atendimento e acolhimento a pessoas em situação de rua, localizadas na Regional Matriz; e uma que oferece acolhimento a adolescentes, na Regional Boa Vista.
As unidades atingidas são a Casa de Passagem Jardim Botânico, o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro POP) João Dorvalino Borba, a unidade Mais Viver e a unidade de acolhimento Nova Esperança. Os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) Cachoeira e Pilarzinho, ambos na Regional Boa Vista, também ficaram alagados. Apesar dos transtornos, não foi preciso fazer a remoção dos usuários das unidades de acolhimento.
De acordo com a prefeitura, o Disque-solidariedade encaminhará colchões e cobertores para atendimentos às pessoas acolhidas. Na Regional Boa Vista, uma família ficou com a casa ilhada na Rua Santa Anastácia, mas se negou a sair do local. Equipes da FAS, em alerta, visitaram os pontos mais afetados pelos alagamentos e orientaram as famílias.
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Escolas municipais
A Secretaria Municipal da Educação (SME) mobilizou as equipes de limpeza locais e o serviço de limpeza nas unidades atingidas começou a ser feito esta tarde (14). Nenhuma escola foi fechada devido à chuva, os danos foram pontuais e as crianças foram realocadas para outros espaços dentro das mesmas unidades.
Bairro Hugo Lange