Com a chuvarada dos últimos dias, a população paranaense está questionando sobre a permanência do rodízio no abastecimento de água nas cidades. Por enquanto, segue o sistema de cortes a cada 36 horas, ou seja, um dia e meio com água, um dia e meio sem água. A boa notícia é que pela primeira vez desde a implantação do rodízio, o nível dos reservatórios passou de 70%, ou seja, a previsão de suspensão por completo está mais perto. A Sanepar segue com a meta que precisa alcançar no mínimo 80% para dar fim ao rodízio.
Na manhã desta sexta-feira (07), o nível dos quatro reservatórios que abastecem a região chegou a 72,32, %, número animador comparado quando o Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba (Saic) estava abaixo dos 30%, situação caótica nas barragens que tornava possível visualizar pedras e galhos que ficavam debaixo d’água. Até um ônibus ligeirinho que ficava submerso passou a ficar exposto na Pedreira do Orleans, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba.
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As barragens estão mais cheias sendo que a de Piraquara 2 atingiu 90,24 % na manhã de sexta. Depois na ordem ficam a Piraquara 1 com 77,38%; Iraí, com 72,13% e Passaúna, com 62,43%. Desde o fim de 2019, o Paraná vive a estiagem mais severa da história.
É preciso mais chuva
Para buscar o 80% e que se mantenha o número por alguns meses, é preciso que a chuva ultrapasse a média histórica mensal na região das barragens. Em janeiro, Curitiba costuma apresentar 178,5 mm de chuva, e somente na quarta-feira (05) e quinta-feira (06), o volume chegou a metade do histórico do primeiro mês do ano. Vale lembrar que ainda não chegamos nem na primeira quinzena de janeiro.
A tendência é que as chuvas diminuam de volume com o passar dos meses. O fenômeno climático La Niña permanece ativo, mas vai perdendo força com o fim da estação mais quente do ano. “Estão previstos dias consecutivos de tempo seco e temperaturas elevadas, ocasionando períodos de desconforto térmico. O cenário climático global desfavorável indica dificuldade para recuperar e manter de forma sustentada os níveis dos reservatórios de abastecimento de água na Região Metropolitana de Curitiba”, afirmou o meteorologista do Simepar, Marco Jusevicius.