Um bloqueio na Rua Adílio Ramos, no Bairro Alto, em Curitiba, está provocando revolta e incomodo para centenas de moradores e milhares de motoristas que circulam pela região diariamente. O fechamento em um sentido da rua prejudicou a entrada de veículos para um condômino. Por conta desta alteração, moradores precisam enfrentar quase cinco quilômetros em um trânsito pesado e lento da Linha Verde para poder voltar para casa.
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Para entender melhor o caso é preciso imaginar a situação. A Adílio Ramos é uma rua que inicia no Bairro Alto e desemboca na Linha Verde. No entanto, um trecho na parte da marginal, colado à Linha Verde, foi fechado na semana passada em um sentido e, com isso, a confusão virou rotina para quem deseja entrar em um prédio residencial vindo através do Bairro Alto. A entrada pela Linha Verde não foi alterada.
Os mais prejudicados são os moradores de um condomínio que conta com 552 apartamentos, ou seja, perto de 1,5 mil pessoas moram Spazio Champ Ville. Para quem chega de Pinhais, Colombo e mesmo do Bairro Alto, é preciso paciência para entrar no prédio, pois é necessário fazer o retorno de quase cinco quilômetros: O motorista deve retornar para a Linha Verde, pegar o acesso para o Bairro Alto, circular quase todo o bairro para então retornar para a Linha Verde na altura do Hospital Vita. Isso se resume a um retorno gigante por causa do fechamento de alguns metros de asfalto.
Roselaine da Silva Dias, 43 anos, síndica do condomínio do Spazio Champ Ville, relata que os moradores estão indignados. “Os moradores estão enlouquecidos e desesperados. Não dá para sair nem para comprar um pão, pois em horário de pico, a demora para voltar para casa é enorme. Estamos na fase da conversa com as autoridades, mas está difícil. Não é somente para o prédio que a obra prejudica, mas também para quem mora nas proximidades”, disse Roselaine.
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Para aliviar os problemas e corrigir a falha, a síndica procurou agentes do Setran para conversar e explicar as dificuldades que as pessoas estão enfrentando diariamente. Fui avisada que o motivo do fechamento da rua nos dois sentidos é por questão de segurança. “Não queremos prejudicar ninguém, mas acredito que poderia ser realizada outras ações. Sugiro uma mão inglesa, uma melhor sinalização ou mesmo um retorno semelhante ao da Victor Ferreira do Amaral, no bairro Tarumã. A princípio tudo foi negado, mas estamos ainda na fase da conversa. Na próxima terça-feira (13), irei participar de uma reunião no IPPUC ( Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba) para tratar de assuntos ligados a Linha Verde, mas quero falar do problema”, alertou Roselaine que estará presente em uma manifestação prevista para ocorrer nesta quarta-feira (7), às 18h, na frente do condomínio.
Tem solução, prefeitura?
De acordo com o Setran, não dá para alterar o sentido devido ao projeto aprovado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc). “Conforme avanço das obras, a operação de trânsito vai seguir o conceito apresentado no projeto do Ippuc para a Linha Verde, o qual prevê que o trânsito nas vias locais seja em sentido único (no mesmo sentido da rodovia), como já acontece na Linha Verde Sul e na Avenida Comendador Franco”, diz a nota.
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