Curitiba já foi a “terra dos poodles”, mas atualmente os animais sem-raça-definida (SRDs), popularmente conhecidos como vira-latas, têm sido os favoritos nas casas brasileiras. Os tutores de Curitiba seguem a tendência do país. Segundo a Rede de Proteção Animal da cidade, os últimos números levantados em 2023 apontam que os SRDs são cerca de 54% dos cães dos lares curitibanos.

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O dado é do Sistema de Identificação Animal (SIA), que tem o cadastro dos pets da cidade, com base nas informações dos microchips implantados nos bichinhos. De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, essa é uma estatística favorável para a cidade. 

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“Infelizmente ainda há muitos animais nas ruas e a maior presença dos vira-latas nos lares curitibanos indica que estamos no caminho certo na sensibilização da população quanto a práticas de adoção de animais abandonados e guarda-responsável”, diz. 

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São 202.954 mil cães cadastrados no SIA e os vira-latas são mais de 110.595 mil. Em relação aos cães de raça, em primeiro lugar na preferência dos curitibanos aparece o Yorkshire, com 13,8 mil animais cadastrados, seguidos pelos quase 11,5 mil Lhasa Apso, 8 mil Shih tzu e 6,2 mil Pinscher.

Mas e os poodles?

Segundo Luiz Armando Soares Bellani, presidente do Kennel Clube da Grande Curitiba (KCGC), entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo apoiar e fomentar a cinofilia em Curitiba e região – e filiada a Confederação Brasileira de Cinofilia – o registro de poodles é atualmente em baixo número e há uma população de cães mais idosos desta raça.

“Nos últimos dois anos, têm sido registrados anualmente um número muito baixo no Kennel Clube da Grande Curitiba, algo em torno de 20 exemplares por ano“, revela Bellani.

Ainda conforme o presidente, a raça foi muito popular no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. “Isto não só em Curitiba, mas no Brasil como um todo. Porém, as preferências vão mudando com o passar do tempo”, disse.

De acordo com os registros no Kennel Clube, os que têm mais cadastros na entidade são os spitz – os famosos pomerânias ou Lulus como também são chamados –, seguidos dos goldens retriever e bulldog francês.

Apesar da tendência de preferência pelos SRDs, vale ressaltar que os cães de raça são utilizados para os mais diversos fins. “Cães de raça pura são usados para os mais diversos fins. Agora mesmo, no terremoto da Turquia, vimos pelo menos três ou quatro raças que foram usadas na busca de sobreviventes”, explicou Bellani.

Além dessas funções, há cães de raça que fazem guia de cegos, auxiliam no controle do javali, trabalham com crianças e pessoas com as mais diversas adversidades. “Há algumas raças que são usadas na identificação de câncer, proteção residencial pessoal, farejamento de drogas, encontrar donos de objetos perdidos e outros inúmeros trabalhos”, destaca o presidente.

Também vale destacar que a Kennel Clube, como informou Bellani, entende e apoia a adoção de cães resgatados por entidades sérias, sendo cães de raças ou não. “Em breve, estaremos fazendo também um trabalho social com doação de alimentos e outros suprimentos. Vamos buscar ajudar a entidades que fazem um bom trabalho em busca de novos tutores aos cães que são resgatados, mas seguiremos com o importante trabalho de fomentar a cinofilia como um todo, no esporte e a criação com aperfeiçoamento dos cães de raça pura que são também importantes cada uma com suas características”, finaliza.

Vantagens da adoção 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileio de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, na Região Sul, 57,4% dos domicílios possuem cães. Durante os piores momentos da pandemia de coronavírus, por exemplo, muitas pessoas optaram pela companhia de um bichinho para aliviar um pouco o sofrimento e deixar o dia a dia mais leve.

Para quem pensa em adotar um pet em Curitiba, o Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar) funciona como um centro de adoção permanente. Lá estão os animais resgatados de situações de maus-tratos e os que vivem sem tutores vítimas de atropelamento. Segundo a prefeitura, os animais aptos para adoção são todos castrados, vacinados, desverminados e microchipados, prontos para receber os dados do novo tutor. 

No site da Rede de Proteção Animal e em sua página no Facebook, é possível ver as fotos de alguns animais e veterinários da Rede estão disponíveis, diariamente, para orientar processos de adoção. 

O Centro funciona todos os dias, das 9h às 12h e das 13h30 às 15h30, na Rua Lodovico Kaminski, 1.381, CIC. O agendamento para conhecer os animais pode ser feito pelo telefone 41 99963-0233.

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