As semanas de férias escolares podem ser um período de muitas descobertas para crianças e pais. De acordo com pedagogos especialistas da Secretaria da Educação, mesmo para os pais que estão trabalhando e que não vão viajar com seus filhos, as férias podem ser uma excelente oportunidade para que, juntos, aprendam, conheçam melhor a cidade e fortaleçam o vínculo entre si.
- Veja algumas dicas para as férias:
- Faça uma lista do que você e seus filhos podem fazer nas férias – lugares para conhecer, coisas para fazer. Deixe a criança ajudar nas escolhas. Você pode até deixar essa programação num local visível em casa para a criança acompanhar e até marcar o que foi feito, como por exemplo, na porta da geladeira.
- Se houver necessidade de adiar uma programação devido a algum imprevisto, explique para a criança o que houve e, se for possível, remarque.
- Escolha atividades que reforcem os cuidados com o meio ambiente e com menos consumo, como visitar os parques e outros espaços próximos de casa, por exemplo.
- Elabore receitas simples para as refeições em família, com a ajuda das crianças.
- Leia histórias para seus filhos. Deixe-os escolher os livros que serão lidos. Visite os Faróis do Saber.
- Proponha brincadeiras das quais você gostava de brincar quando era criança.
“É importante planejar pensando na qualidade desse tempo com as crianças, mesmo que os pais não tenham férias na mesma época. Se o adulto chega em casa às 19h, pode estabelecer uma programação especial para esse horário”, exemplifica Dalva Rodrigues dos Santos, do Departamento de Educação Infantil da Secretaria Municipal da Educação.
De acordo com a pedagoga, o ideal neste momento é fazer um planejamento e evitar o improviso. “Uma das coisas que os pais podem experimentar é fazer uma lista junto com a criança. Isso fortalece a autonomia, um importante aspecto da vida infantil trabalhado nas nossas unidades. Valorizar a escolha da criança é uma atitude de respeito”, afirma a professora.
Um dos aspectos que podem ser trabalhados em família é a escolha de uma programação que não implique em muitos gastos, como visitar um parque perto de casa, fazer um piquenique, elaborar uma receita culinária juntos, jogar juntos, ler livros. “As propostas podem enfatizar a importância do relacionamento entre as pessoas e menos consumismo”, diz Dalva.
A pedagoga Josiane Gurak Lous, da equipe de gestão da Secretaria da Educação, sugere ainda a prática de brincadeiras que os pais gostavam quando eram crianças. “O resgate dessas brincadeiras pode ser muito divertido”, diz Josiane. As duas professoras sugerem ainda brincadeiras com água, com as plantas, subir em árvores para que as crianças tenham mais contato com a natureza.
Diálogo
Dalva explica ainda que, mesmo que haja imprevistos, como a impossibilidade de fazer uma programação que havia sido combinada, é importante manter o diálogo. “Eles também se desenvolvem quando vivem frustrações e têm que lidar com elas. Nesses casos, é importante conversar com a criança, explicar o que houve e, se possível, reprogramar aquele combinado. Uma relação aberta, clara e verdadeira ajuda os filhos a compreenderem”, diz ela.
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Outra sugestão é preparar algum prato junto com a criança. “Elas gostam de ajudar e de se sentir capazes de colaborar em momentos como este da cozinha”, afirma Dalva. “Além disso, as férias podem ser um bom momento para reforçar bons hábitos alimentares. Oferecer frutas, verduras e outros alimentos saudáveis é um incentivo que também deve vir dos pais ou responsáveis pela criança”, completa Josiane.
As pedagogas dizem ainda que, assim como é feito nos centros municipais de educação Infantil de Curitiba, em que os professores exploram o entorno da unidade, o mesmo pode ser feito nas férias. “É importante ampliar a visão de mundo da criança, ir além da sua casa, descobrir novos espaços, próximos, no bairro”, afirma Dalva.