Proibidos de abrir a partir desta segunda-feira (15) junto com academias, igrejas e clubes esportivos, os bares estão no topo da lista de denúncias de aglomerações na Central 156 da prefeitura de Curitiba durante a pandemia de covid-19. De 17 de abril a 7 de junho, quase dois meses, foram 425 registros, totalizando 24,11% do total das solicitações de fiscalização por parte da prefeitura. Além da prefeitura, denúncias de aglomerações podem ser feitas pelo aplicativo 190 PR da Polícia Militar (PM).
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) decretou alerta laranja por causa da ocupação de 74% dos leitos de UTI destinados a pacientes com coronavírus. Com isso, ficou determinado o fechamento de bares, restaurantes, academias, igrejas e clubes esportivos a partir desta segunda. De acordo com as autoridades de saúde, a medida foi necessária para que não faltassem UTIs para os pacientes de covid-19. Nos últimos dias, os casos da doença praticamente triplicaram na cidade.
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Sábado (13), no dia em que o novo decreto municipal foi puclicado pela SMS, diversos bares de Curitiba, em especial no bairro Água Verde e no entorno do Museu do Olho, no Centro Cívico, estavam lotados, com aglomerações de clientes. No fim de semana anterior, o descaso de parte da população com as medidas de prevenção ficou escancarado: em uma vila gastronômica no bairro Portão, mais de 100 clientes sem máscara se aglomeravam em um show de pagode.
As academias são o segundo estabelecimento com mais pedidos de fiscalização, com 207 denúncias. Desde o dia da publicação do alerta laranja, proprietários, funcionários e clientes de academias vêm protestando contra o fechamento. Sábado (13) de noite, o protesto foi na frente do prédio em que mora o prefeito Rafael Greca, no Centro. Nesta segunda-feira (15), o protesto das academias foi em frente à prefeitura.
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Já os retaurantes somam 147 pedidos de fiscalização e os centros esportivos 106 pedidos. Donos de bares e restaurantes também haviam agendado um protesto para o começo da tarde desta segunda-feira (15) em frente à prefeitura de Curitiba. Entretanto, uma decisão liminar expedida pela Justiça a favor da prefeitura proíbe protestos com aglomerações a partir de 12 h desta segunda até dia 22 de junho, o impediu os empresários do setor de se manifestar.
O coordenador da Central 156, Ozíres Oliveira, enfatiza que assim como o poder público deve fiscalizar, a população também deve fazer sua parte. Ainda mais agora, que Curitiba viverá a pior semana da pandemia. “É importante que a população se mantenha consciente e informada e siga as determinações da Prefeitura e da Secretaria Municipal da Saúde para evitar que o quadro da pandemia se agrave”, ressalta Oliveira.
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