A divisão de espaço para o público do show da dupla Henrique e Juliano, realizado no último sábado (29), na região metropolitana de Curitiba, tem sido alvo de reclamação. Centenas de pessoas se dizem lesadas e acusam a organização do evento de ter alterado a posição dos fãs no Expotrade Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba.

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Para o show da dupla a empresa CWB Brazil vendeu antecipadamente três setores: pista, vip e open bar. A pista foi a área mais com ingressos mais baratos e contava com estrutura de banheiros, praça de alimentação e bares, mas ficava mais afastada do palco. O vip tinha visão frontal do palco e contava com os mesmos benefícios da pista. Já o open bar dava direito a água, refrigerante, suco, cerveja, tônica, energético, gin, uísque e vodca, mais os benefícios do vip.

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No entanto, as pessoas que pagaram pelo vip tiveram a companhia daqueles que investiram menos dinheiro na compra do ingresso pista.

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Bianca Cunha, 28 anos, microempresária, relata que essa situação não foi justa, pois ela desembolsou uma grana a mais para ter benefícios. “Eu comprei área vip, e cheguei cedo para ficar perto do palco. Quando estava na fila para fazer a revista, comentei com a moça da segurança sobre a pulseira para a área vip. Ela falou que a pulseira era igual para a vip ou pista. Ali notei que tinha coisa errada”, reclama a fã.

Segundo ela, não existia divisão nenhuma. “E isso não é justo. Na sequência, eu e minha comadre fomos procurar os responsáveis pelo evento, mas era aquela coisa de um jogar para o outro. Depois de muita discussão, foi feito o estorno do dinheiro, mas tiraram minha pulseira e fomos colocados para fora. Eu fiquei dois meses ansiosa por esse show, e não consegui assistir”, disse Bianca.

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E não é somente com o público do setor vip que a reclamação está ocorrendo. Dayse Cristina, 29 anos, pagou para a área do open bar. Segundo a supervisora administrativa, várias pessoas que estavam no vip foram parar no open bar, o que causou filas no banheiro e maior dificuldade para pegar bebidas. “Eu comprei gato por lebre, pois paguei para os outros beberem. Não consegui usufruir do produto que adquiri, fora que teve problema com o banheiro sujo e empurra-empurra. Me sinto lesada”, definiu Dayse.

Na Justiça!

Outra fã da dupla Henrique e Juliano que estava no vip era Alessandra Kulitch, 23 anos. Ela vivenciou a mesma situação da Bianca, mas não teve o estorno do dinheiro. “Comprei o ingresso da área vip por R$ 180 e a pista custava R$60. Não tinha divisão, é revoltante, triste e paguei mais por isso. Existe um grupo de WhatsApp com 142 pessoas, fizemos reclamações no site Reclame Aqui, mandamos email para a empresa e mensagens para o Instagram, mas eles estão apagando. Se não tiver resposta, iremos ao Procon e depois entraremos com uma ação coletiva na Justiça”, comentou Alessandra.

Uma orientação aos clientes que se sentiram lesados e não tiveram resposta por parte da organização é acionar o Procon-PR.

E aí CWB Brazil?

A Tribuna do Paraná conversou com o empresário João Guilherme Leprevost, proprietário da CWB Brazil. Segundo ele, dois dias antes do show, ficou definido que devido à baixa comercialização no setor pista comparado ao vip e open bar, os dois setores mais baratos seriam unidos.

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“Decidimos cancelar a pista e dar um upgrade para quem comprou esse setor. Isso é uma prerrogativa, e essas pessoas não iriam prejudicar os outros. A área vip tem 10 mil metros quadrados, com barracas, banheiros, ou seja, no porcentual não iria atrapalhar em nada. No entanto, as pessoas quando chegaram ao evento, não entenderam isso. O Código de Direito do Consumidor diz que eu preciso entregar para a pessoa o que eu vendi. Ela comprou o setor vip, e ela recebeu o vip com todo conforto, independente de eu ter tomado a decisão, que é única exclusiva minha de colocar X pessoas com upgrade”, argumentou o empresário.

Questionado pela reportagem quanto as medidas que podem minimizar o transtorno, o empresário garantiu que todos terão respostas. “Nós estamos desde o domingo (30), respondendo as pessoas que estão reclamando, e não deixaremos ninguém sem resposta. Talvez a resposta não seja aquilo que elas queiram ouvir, mas terão as respostas conforme os direitos delas”, completou Leprevost.


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