Cerca de 100 pessoas participaram do protesto organizado por familiares dos policiais presos, suspeitos de torturar quatro rapazes acusados de ter matado Tayná Adriane da Silva, 14 anos. A manifestação ocorreu em frente à delegacia do Alto Maracanã, por volta das 15h de ontem.

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Com faixas e cartazes familiares dos policiais e da adolescente. A mãe de Tayná, Cleuza da Silva, disse que desde o início suspeitou dos rapazes que trabalhavam no parque. “Eles mexeram comigo que sou uma senhora, imaginem com minha filha que era linda. Eles já tinham sido vistos perto da escola dela”, relatou a mulher.

Reclamação

Simone Pereira, esposa do delegado Silvan Rodney Pereira, disse que a prisão do marido e dos nove policiais civis é uma grande injustiça. “Não podemos aceitar que os policiais estejam presos e os assassinos soltos. Ele é um policial honrado e tem muito orgulho de ser policial”, afirmou a mulher.

De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor Leonir Batisti, os presos devem ser ouvidos a partir de hoje e serão libertados em seguida. O inquérito deve ser finalizado e entregue à Justiça na semana que vem.

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Investigação

Na perícia ao corpo de Tayná, encontrado no dia 28 de junho, verificou-se que o esperma achado na roupa dela não era compatível com nenhum dos quatro detidos pelo crime. Esse detalhe colocou em dúvida a confissão do quarteto, que disse ter estuprado a adolescente. Porém, não havia sinais aparentes de estupro.

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A reviravolta na investigação e exames de corpo de delito nos detidos levantou a hipótese de tortura e maus-tratos, que fez com que o Ministério Público pedisse a prisão de todos os policiais civis e estagiários que trabalhavam no Alto Maracanã e mais um policial militar, dois guardas municipais, um agente de cadeia e um “preso de confiança”.

Átila Alberti
Mãe de Tayná acredita na participação do quarteto na morte da filha.