Depois de 20 dias indo à delegacia, ao Ministério Público e solicitando apoio da imprensa, os familiares do jovem Everton Luiz Vaz, 27 anos, conseguiram formalizar o primeiro passo em busca de justiça. O inquérito policial foi aberto no dia 31 de janeiro, após a reportagem a respeito do acidente ser publicada pela Tribuna do Paraná. A colisão aconteceu na Avenida Prefeito Octávio Furquim, em Rio Branco do Sul, onde Everton não foi socorrido pelo condutor do outro veículo envolvido, uma caminhonete F-250 que pertence ao vereador Cezar Gengis Khan Johnsson.
Everton ficou alguns dias em coma. Ele teve certa melhora, mas continua com o lado direito do corpo completamente paralisado e deve passar por nova cirurgia nesta sexta-feira (10), no Hospital Cajuru, onde segue internado.
De acordo com o delegado Osmar Neves Feijó, a mãe da vítima e outras testemunhas que presenciaram a colisão já foram ouvidas e confirmaram a versão da família de que não era o vereador quem conduzia a caminhonete no momento do acidente e que fugiu sem prestar socorro. “Sabemos que havia duas pessoas no interior do veículo, o motorista e um passageiro. Então, os dois podem ser penalizados por omissão de socorro”, afirmou.
No entanto, ele ainda não pode divulgar a identidade dos envolvidos porque o proprietário da caminhonete não foi ouvido. “Vamos intimá-lo na semana que vem para nos dizer quem estava no carro e também vamos ouvir outras testemunhas para garantir que ele apresentará a pessoa certa”, adianta.
Segundo Edson Luiz Soares Vaz, pai da vítima, “o motorista que dirigia é o filho do vereador, que também é sobrinho do prefeito do município”.
