O filho da mulher que teria tentado atropelar policiais militares durante abordagem na Rua Fagundes Varela, no Jardim Social, alega que isso não aconteceu. Segundo ele, a mãe, de 47 anos, tentou fugir do assalto que acontecia no posto de combustível. A mulher levou dois tiros na perna.
De acordo com o rapaz, de 27 anos, a mãe estava no posto comprando doces depois de sair de uma pizzaria. “Ela se assustou com o assalto, uma movimentação grande, e foi para frente e para trás com o carro, para fugir do local. Os policiais chegaram, no escuro, e atiraram nove vezes no carro”, disse.
O jovem contou que os policiais, do Bope, estavam com a sirene da viatura desligada e que a mãe dele se assustou, achando que poderiam ser os bandidos. “Chegou um monte de gente de preto, armados, e foram em direção ao carro. Ela não viu a viatura”.
A mulher foi encaminhada ao Hospital Cajuru e depois ao Hospital Marcelino Champagnat, onde recebeu os atendimentos necessários, passou por exames, e já está em casa. O filho contou que ela é professora de dança e que agora, com uma das pernas machucadas, não terá como trabalhar. “E aí, como fica isso? Alguma coisa precisa ser feita”, disse.
Segundo o rapaz, a família não pretende procurar a Corregedoria da Polícia Militar. “Não adianta punir os policiais. O Estado precisa reparar o dano. Vamos entrar com processo contra o Estado, inclusive dano moral”.
O subcomandante do Bope, o major César, disse que a informação vai ser apurada. “Foi aberto um inquérito policial militar, para apurar os fatos ocorridos na ocorrência. O que sabemos é que ela desobedeceu uma ordem policial, dirigindo-se com o veículo aos policiais militares, aos quais tiveram que agir para evitar um mal maior”.