Pacientes de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, que precisam utilizar a Unidade de Saúde CAIC e a Unidade de Pronto Atendimento Alto Maracanã (UPA) reclamam das filas, da falta de médico, de equipamentos e da falta de separação de pacientes com sintomas de covid-19. Na madrugada da última quarta-feira (07), um pai que levou a filha com febre na UPA disse que o ouvido da criança não pode ser examinado pela falta de otoscópio – instrumento médico usado para examinar o interior da orelha.

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Nas redes sociais, ainda na quarta, o pai, que preferiu não se identificar, fez um desabafo. “A saúde de Colombo está um lixo. Acabei de sair do CAIC e não tem médico para atender uma criança. Passei na UPA do Maracanã e a médica argumentou que não poderia examinar o ouvido da criança, porque não tinha o aparelho que custa muito caro. Chega de hipocrisia e de fingir que nada está acontecendo. E chega de fotinhos falando que Colombo está mil maravilhas, porque está bem longe disso”, reclamou.

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Por volta das 16h, nesta terça-feira (13), a reportagem entrou em contato com o operador de máquina Daniel Júnior Cordeiro Velozo, 30 anos. Ele estava na fila da UPA Maracanã já fazia pelo menos duas horas. Aguardando para ser atendido, ele disse que preferiu ficar do lado de fora da UPA para evitar contato com pessoas com sintomas de covid-19. “Está difícil. Todos estão misturados, os que têm sintoma e os que não têm. Viemos porque o neném está com febre. Pedimos preferência para o atendimento. Ninguém faz nada. Tem pouco médico”, contou.

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Sobre a suspeita de covid-19, a moradora de Colombo Lizmeire de Moraes de Deus, 41 anos, ficou surpresa há cerca de duas semanas, quando apresentou sintomas de tosse e febre e buscou atendimento na UPA. Segundo Lizmeire, ela e a irmã estavam com os mesmos sintomas e foram juntas ao Alto Maracanã. “Eu fui atendida primeiro e a médica disse que era gripe. Receitou Paracetamol, Ibuprofeno, Ambroxol, Loratadine e soro nasal. Não me encaminhou para o teste de covid. Já pra minha irmã, a mesma médica fez o encaminhamento do teste de covid”, estranhou.

“Eu fui teimosa e, por minha conta mesmo, fui na farmácia e fiz um teste de covid. Deu positivo. No dia seguinte fui reclamar com a gerência da UPA. Já imaginou se eu mantivesse contato com outras pessoas?”, reclamou.

E aí Prefeitura, o atendimento vai melhorar?

Procurada, a Prefeitura de Colombo informou em nota que a Unidade de Saúde CAIC conta com uma equipe com três médicos para atendimento clínico geral e dois especialistas (ginecologia e pediatria).

Sobre os testes de covid-19, a prefeitura disse que a situação já foi normalizada.

A assessoria da Prefeitura informou a reportagem que não há falta de equipamentos. Com relação ao uso do otoscópio, “ele fica na sala da coordenação e os médicos solicitam quando precisam e geralmente cada um possui o seu”.

Nesta última terça-feira (13), dois médicos iniciaram na Unidade de Pronto Atendimento do Alto Maracanã durante o dia. O quadro de profissionais, segundo a prefeitura, estaria completo.

No entanto, por motivo de constantes afastamentos de médicos da UPA e Unidades de Saúde devido à Covid-19, a falta imprevista em cima da hora fica inviável a substituição – explicou a Prefeitura de Colombo.

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