O passado criminoso do mecânico Everson Jucke, conhecido como “Pepino”, 32 anos, pode ter sido a causa de sua morte, na tarde de ontem, no Campo Comprido.
Ele tinha acabado de chegar a uma oficina mecânica, quando dois homens armados entraram e o fuzilaram com cerca de 10 tiros de pistola. O crime aconteceu na Rua Eduardo Sprada, próximo à esquina com a Rua Martha Zanlorenzi. Segundo a polícia, o homem era ex-presidiário e cumpriu pena por furto e roubo de veículos.
Everson chegou sozinho na oficina, por volta 15h20. Estacionou sua BMW placa LBH-9261, atravessou a rua e caminhou até o estabelecimento. “Logo depois, um indivíduo entrou e, sem falar nada, atirou no peito do rapaz. Em seguida, apareceu outro homem, mandou as demais pessoas deitarem e atirou na cabeça da vítima”, relatou o investigador Lima, da Delegacia de Homicídios.
Diversas cápsulas de pistola calibre 9 milímetros ficaram espalhadas pelo pátio da oficina. A dupla, que não se preocupou em esconder o rosto, fugiu num Fusion prata, onde um comparsa a aguardava.
Ameaças
Familiares e conhecidos de Everson não souberam apontar um motivo para a execução. A namorada, que estava com ele há cerca de quatro anos, contou à polícia que o mecânico sofria ameaças, mas não sabia de quem.
“Ele foi preso por roubo e furto de carros, mas cumpriu pena e deixou a cadeia há pouco mais de um ano. Depois disso, segundo a namorada, não se envolveu em nenhuma outra bronca”, contou o investigador.
Em 2002, um homem com o mesmo nome de Everson foi preso, suspeito de participar do assassinato do deputado estadual e repórter policial Tiago de Amorim Novaes, em Cascavel, em dezembro de 2001.
A Delegacia de Homicídios iria conferir se se trata da mesma pessoa. As investigações apuraram que o autor dos disparos foi Alcides Machado Meirelles, condenado a 18 anos de prisão. Segundo a promotoria, o deputado foi morto a mando do ex-policial civil João Adão Sampaio Shisler, que ainda estaria foragido.