O fechamento do Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, rendeu um pronunciamento do deputado Professor Lemos (PT), líder do bloco PT-PDT na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta terça-feira. O parlamentar denunciou o que chamou de “mais um ataque do governo Ratinho Jr. à Educação de Jovens e Adultos (EJA)”. O caso foi noticiado pela Tribuna nesta terça, antes do pronunciamento do deputado.
Lemos destacou que a exclusão de jovens e adultos do sistema educacional tem sido uma constante nos últimos anos. Em 2019, havia 126 mil estudantes matriculados na EJA no Paraná, mas, devido ao fechamento de várias unidades, esse número despencou para aproximadamente 25 mil.
“A redução na oferta educacional representa uma perda para a comunidade e especialmente para os trabalhadores que dependem do ensino noturno ou em horários alternativos para estudar”, disse.
A situação é particularmente grave em São José dos Pinhais, onde o fechamento de um colégio que há 27 anos atende a educação de jovens e adultos afetará cerca de 600 alunos, incluindo estudantes do ensino regular e da EJA. “Muitos desses estudantes trabalham e, sem a oferta educacional adequada, ficarão excluídos do sistema. Precisamos considerar também que a unidade atende alunos com deficiência e jovens em medidas socioeducativas, oferecendo um atendimento que outras escolas da região não podem garantir”, alertou.
Por fim, Lemos pediu o apoio dos parlamentares para que o governo suspenda o fechamento de CEEBJA e proteja o direito à educação de jovens e adultos em todo o Paraná. “Não é razoável que pessoas de fora da comunidade decidam o futuro desses estudantes, sem considerar suas necessidades e as especificidades locais”, defendeu o deputado.
E aí, SEED?
Em nota enviada à Tribuna a Secretaria de Estado da Educação (Seed) confirmoui o fechamento do CEEBJA.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação do Estado do Paraná (Seed-PR) confirmou o encerramento das atividades do local em 2025, motivada por dois fatores principais: “primeiramente, o imóvel onde a unidade está localizada é alugado e o proprietário já manifestou desinteresse em renovar o contrato de locação. Em segundo lugar, o número de alunos atualmente atendidos na unidade está reduzido, o que torna viável a realocação dos mesmos para unidades próximas”, diz a nota. Veja aqui a resposta completa.