Foi condenado a 40 anos e três meses de prisão o ex-policial militar Peterson Cordeiro. O Júri Popular aconteceu nesta terça-feira (03), em Curitiba, e contou com depoimentos sobre o crime que chocou Curitiba e região metropolitana em 2018. Ele foi condenado pelos crimes de estupro, homicídio com a qualificadora de feminicídio e por ocultação de cadáver.
O réu Peterson Cordeiro estava preso e acompanhou o julgamento por vídeo conferência. O assassinato de Renata Larissa ocorreu em 27 maio de 2018 e a jovem teve seu corpo encontrado dois meses depois num matagal às margens da BR-376, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Eles se encontraram após se conhecerem em um aplicativo de relacionamento.
Após a sentença, o irmão de Renata Larissa disse que a justiça foi feita, mas não era a situação em que a família queria estar. “O sentimento que nós temos não é o que queríamos ter, porque a gente queria que ela estivesse aqui, junto com a gente. O sentimento de justiça sendo feita para nós esta valendo nesse momento. A gente queria ter ela aqui, não queríamos estar aqui participando de um julgamento”, disse Ramon dos Santos, irmão de Renata Larissa, em entrevista ao Bom Dia Paraná desta quarta-feira.
A defesa de Peterson Cordeiro disse que recorreu da sentença por não concordar com a condenação pelo crime de estupro e também pelo excesso na pena, que chegou a 40 anos e três meses de prisão.
O crime de Renata Larissa
Peterson era soldado da Polícia Militar do Paraná e estava lotado no 22º Batalhão da PM, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele teria marcado um encontro com a vítima e a levou até o estacionamento do zoológico de Curitiba. A partir disso, o celular de Renata Larissa perdeu o sinale a jovem desapareceu. O celular de Peterson tinha vídeos em que Renata aparecia algemada em matagal.
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Na época, a delegada da Delegacia da Mulher, Eliete Kovalhuk, informou que as investigações chegaram ao policial por acaso. Enquanto investigava os casos de estupro, a delegacia fez uma busca na casa do suspeito, e encontraram gravações. Além de Renata, Peterson foi suspeito de violentar mulheres que conhecia em aplicativo de relacionamentos. Após convencer as vítimas para um encontro, ele as atacava, geralmente em áreas desertas da Grande Curitiba.
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