O júri popular do ex-policial militar Peterson Cordeiro da Mota teve início na manhã desta terça-feira (03), em Curitiba. O réu é acusado de estuprar e matar a jovem Renata Larissa dos Santos, no dia 27 de maio de 2018. O corpo da vítima foi encontrado dois meses após o crime e Peterson jamais confessou a autoria. A expectativa que o julgamento termine ainda nesta terça.
Quatro testemunhas da acusação foram ouvidas no julgamento até o começo desta tarde. Peterson vai ter a oportunidade de defesa, mas especula-se que ele vai preferir adotar o silêncio. O acusado segue preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região Metropolitana de Curitiba.
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O júri não está sendo acompanhado pela internet e nem por público dentro do Tribunal. Familiares de Renata estão em frente ao Tribunal do Júri com faixas pedindo justiça. Eliana Faustino, assistente de acusação, acredita na punição de Peterson. “Expectativa que seja condenado tendo em vista o crime grave cometido e que a pena aplicada seja exemplar para a sociedade curitibana”, disse Eliana ao Meio Dia Paraná da RPC.
Peterson Cordeiro da Mota responde por feminicídio, estupro e ocultação de cadáver.
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O crime de Renata Larissa
Peterson era soldado da Polícia Militar do Paraná e estava lotado no 22º Batalhão da PM, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele teria marcado um encontro com a vítima e a levou até o estacionamento do zoológico de Curitiba. A partir disso, o celular de Renata Larissa perdeu o sinal e a jovem desapareceu.
Na época, a delegada da Delegacia da Mulher, Eliete Kovalhuk, informou que as investigações chegaram ao policial por acaso. Enquanto investigava os casos de estupro, a delegacia fez uma busca na casa do suspeito, e encontraram gravações. Além de Renata, Peterson foi suspeito de violentar mulheres que conhecia em aplicativo de relacionamentos. Após convencer as vítimas para um encontro, ele as atacava, geralmente em áreas desertas da Grande Curitiba.