O uso da piscina da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) por estudantes que ocupam a estrutura se tornou mais um ponto de tensão entre grupos favoráveis e contrários à mobilização contra a PEC 55. Imagens de ocupantes se refrescando do calor desta segunda-feira (21), dentro do campus no Centro de Curitiba, circularam pelas redes sociais e geraram comentários questionando a legitimidade do ato. A ocupação da instituição teve início na sexta (18) e chegou a deixar ao menos duas pessoas feridas por causa de um artefato que explodiu dentro das instalações. A reintegração de posse já foi autorizada pela Justiça Federal.
“Pausa na ‘Revolução’ para um mergulho. É um absurdo uma meia dúzia de gatos pingados impedirem milhares de estudantes de exercerem o direito constitucional de estudar. Exigiremos a responsabilização dos invasores”, disse o movimento UTFPR Livre, em sua página no Facebook. “Agora até eu já tô pensando em invadir. Vejam só como são “oprimidos” por quem é contra”, afirmou um usuário do Facebook.
Após a repercussão das imagens, o movimento Ocupa UTFPR CWB postou uma nota se pronunciando sobre as fotos. Segundo o grupo, a rotina dentro da ocupação não tem sido tranquila. Eles citam como parte deste cenário a entrada de um grupo contrário ao movimento dentro da UTFPR ainda na manhã de sábado e as discussões com a diretoria.
Ainda conforme o Ocupa UTFPR CWB, uma das tarefas do grupo tem sido “prezar pelo bem-estar emocional e psicológico dos ocupantes”. Para isso, na segunda-feira, receberam psicólogos, fizeram exercícios teatrais e mergulharam na piscina por um período limitado. “Não é errado pausarmos uma hora para relaxarmos e nos fortalecermos. A luta precisa de militantes saudáveis mentalmente e fisicamente. Pedimos a compreensão de todos”, informou o movimento, que afirma estar cuidando do espaço.