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Estudante de Curitiba nota mil na redação do Enem é aluna de escola pública

Emily sempre estudou em escola pública e concluiu o Ensino Médio no Colégio Sesc São José após conseguir uma bolsa de estudos.
Emily sempre estudou em escola pública e concluiu o Ensino Médio no Colégio Sesc São José após conseguir uma bolsa de estudos. Foto: Arquivo Pessoal.

Tirar uma nota 1.000 (pontuação máxima) na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é difícil (pra não dizer quase impossível) e a estudante de Curitiba Emily Moraes de Oliveira, 19 anos, sentiu essa alegria extrema ao descobrir, na última sexta-feira (11), que ela havia alcançado o feito. O resultado do Enem 2021 foi publicado na quarta-feira (9) e a jovem até tinha esperança de atingir uma boa média. Só não poderia prever que sua nota seria surpreendente.

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A Emily sempre estudou em escola pública. Apenas os anos de Ensino Médio ela concluiu no Colégio Sesc São José, no Centro da capital, onde entrou depois de passar em um teste para bolsa de estudos e conseguir 100% de desconto. Ela se formou no ano passado. Além do “dez na redação”, o bom desempenho na área de linguagens da prova do Enem e a dedicação nos estudos das outras áreas lhe renderam 756,4 na pontuação geral.

“Contei primeiro para minha avó, que ficou extremamente feliz com a notícia, já que sempre me viu estudar por horas e horas e sempre ouvia minhas redações depois de prontas. Acessei o resultado na sexta-feira e, imediatamente, comuniquei para as minhas professoras do Ensino Médio, pelo Instagram, que ficaram admiradas e orgulhosas também pelo resultado. Meu colégio até me convidou a dar uma palestra para conversar com os alunos sobre a importância da rotina de estudos, de manter a constância, de praticar, de tirar dúvidas”, contou a jovem em um papo com a Tribuna.

Emily conseguiu nota mil na redação (detalhe no celular) após treinar fazendo duas redações por dia.
Emily conseguiu nota mil na redação (detalhe no celular) após treinar muito fazendo redações em casa e mostrando sempre para a avó. Foto: Arquivo Pessoal.

Segundo ela, a nota máxima na redação chegou após muito esforço. “Não era tão boa em redação, mas melhorei com muito esforço, fazendo cerca de duas redações por semana, fora as obrigações do colégio. Quanto ao tema, eu tinha estudado em casa alguns meses antes da realização do Enem. Isso me ajudou. Vi que há uma extrema necessidade de conhecer o que realmente é cobrado na redação”, destaca. O tema da redação da Emily foi “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”.

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O sonho para o futuro é entrar na área da Saúde. “Quero fazer Medicina na UFPR. Sempre tive uma imensa  admiração pela profissão”, conta. E o vestibular para o curso ela fez na semana passada, junto com milhares de estudantes que tentam uma vaga nos cursos da UFPR. “Estou no aguardo do resultado definitivo que sai no dia 14 de março. A redação eu achei tranquila”, brinca ela, após a reportagem perguntar se a redação do vestibular estava mais difícil ou mais fácil do que a do Enem.

A jovem nota mil na redação do Enem quer fazer o curso de medicina na Ufpr.
A jovem nota mil na redação do Enem quer fazer o curso de medicina na UFPR e está na expectativa do resultado. Foto: Arquivo Pessoal.

Imenso orgulho

A gestora pedagógica do Sesc São José, Marlene Kochinski, disse que a instituição sente um imenso orgulho da Emily Moraes. “É uma estudante que faz parte de um projeto social do colégio em parceria com o Sesc/PR e o Grupo Educacional Bom Jesus, com alunos bolsistas, e ela sempre se destacou. Para nós, um aluno nota mil é sensacional. Estamos torcendo para ela passar em Medicina”, ressalta a gestora.

A Katia Dell’Aira, assessora pedagógica, ainda explicou que a Emily é esforçada, dedicada nas atividades e sempre respondeu bem aos professores. “Lembrando que ainda tivemos dois anos de aula virtual. Não foi fácil e ela conseguiu uma nota alta na redação e na pontuação do Enem”, disse.

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O Sesc São José confirmou o convite feito para a Emily participar de um bate-papo com alunos do último ano do Ensino Médio. Por causa da pandemia, a conversa será virtual. “É uma prática comum do colégio. Sempre trazemos, em alguns momentos do ano, ex-alunos para conversar, dar dicas de estudos, falar sobre a experiência nos cursos superiores que escolheram, Enem, vestibular. Tudo para a troca de experiências”, finaliza a Marlene Kochinski.

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