Em Curitiba, um ônibus circula pelas ruas cheio de plantas no interior. Chamado de Estação Primavera, o veículo que é uma espécie de floricultura ambulante que atrai a curiosidade das pessoas que estão nos mais diversos bairros da capital paranaense.

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O proprietário do negócio é Rodrigo Oliveira, 40 anos, que relata que a floricultura no ônibus já tem quase dez anos. Entretanto, a ideia de vender plantas nas ruas começou há mais tempo. Na verdade, bater de casa em casa oferecendo uma flor faz parte da criação do empreendedor.

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O negócio começou com o pai do Rodrigo. Interessado na atividade, Rodrigo começou a acompanhar o pai quando tinha 10 anos e já foi criando afinidade com o trabalho. “Passou de pai para filho e eu dei continuidade. No começo a gente foi vendendo na rua e depois surgiu a loja. Pequenininho, acompanhava o meu pai e estou até hoje”.

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Antes de comprar o ônibus, Rodrigo usava um caminhão para fazer as vendas. No entanto, optou por trocar o veículo por dois motivos: para as plantas receberem mais luz do sol e também, para que os clientes pudessem entrar no ônibus e ver as diferentes opções dos produtos ofertados.

Atualmente, além de dois ônibus adaptados para vender as plantas, Rodrigo também tem uma loja na Ceasa de Curitiba. Enquanto ele está nas ruas, a responsável pelo ponto fixo é a esposa dele. O itinerário da floricultura vai surgindo ao acaso.

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As pessoas reconhecem a Estação Primavera e esperam o ônibus passar para aproveitar e comprar uma planta. “A maioria do pessoal que nos conhece já fica esperando a gente passar”, afirma Rodrigo.

Rodrigo considera a profissão muito especial: “Sempre mexi com isso, eu adoro. Conheço bastante lugar, gente, faço passeios. Eu gosto”.

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

O motorista do Estação Primavera explica que o tipo de venda varia de acordo com a estação. No inverno as pessoas procuram mais por frutíferas. Já na primavera, as flores ganham mais notoriedade. Além das plantas, o comércio vende terra adubada, vasos e casas de passarinho, que são fabricadas artesanalmente.

Ônibus vende flores em outros estados

A tradição da família segue viva. Rodrigo tem duas filhas que o acompanham pela estrada quando podem. E nessa rotina a família vive muitas aventuras, pois além de Curitiba, o ônibus também passa por outras cidades do Paraná, como Londrina, Maringá e Cascavel, e pelos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

“Geralmente no fim de ano a gente vai para as praias, porque o pessoal está lá. Quando não é férias, a gente fica mais em lugares que não são de turismo”, revela. Como fazem muitas viagens, normalmente eles retornam para um bairro de Curitiba depois de cinco meses.

Com um ônibus recheado de plantas, Rodrigo não trabalha sozinho. Na Estação Primavera, trabalha ele e mais dois funcionários. Um deles é o Nathan Felipe Silva Sola, 25 anos, que há sete anos embarca diariamente no veículo.

O jovem conta como é a rotina. Primeiro, eles passam na loja da Ceasa e carregam as flores. Depois saem pelas ruas, batendo de casa em casa. “O pessoal já vê a gente e já conhece”.

Estação Primavera é facilidade para os curitibanos

Um dos grandes atrativos da Estação Primavera é a facilidade que ela traz para os consumidores, já que é muito mais prático comprar uma planta no portão de casa e não precisar sair em busca de uma floricultura.

A cliente Nilva Terezinha da Silva viu que o ônibus estava passando pela rua de casa, no bairro Capão Raso, e já fez um sinal para o veículo parar. Ela precisava comprar flores.

“É bom, eu gosto. Porque é longe para eu ir buscar e a gente não traz bem o que escolhe. Então eu gostei muito de comprar [do ônibus]”, afirma a moradora que adquiriu quatro espécies de diferentes flores.

Nilva diz que quando comprou pela primeira vez do ônibus escolheu um pé de pimenta, que foi usado até para o consumo em casa. “Um ônibus fazer isso é a primeira vez que eu vejo. Gosto muito do serviço e sou cliente”.

A floricultura ambulante também atrai a curiosidade de muita gente. O Antônio Soczek, 88 anos, estava chegando em casa quando viu a Estação Primavera estacionada e resolveu conhecer mais o trabalho.

Durante uma conversa com Rodrigo, ele contou que tem um pequeno jardim em casa. O idoso também falou sobre como é curioso o empreendimento e deu a sua opinião: “é muito maravilhoso. Tem tudo, frutas, folhas e flores bonitas. Eu gosto de planta”.

Vendedor de flores guarda histórias

Outra vantagem de estar no ônibus e passar por várias partes de uma cidade é a coleção de diferentes histórias. Para a Tribuna, Rodrigo conta uma delas:

“Era um domingo cedinho e tinha uma senhora sentada na frente de casa. Eu parei para conversar com ela e perguntar se ela precisava de alguma coisa, pois o jardim estava meio morto. Ela me disse: ‘você tá com pressa, meu filho? Então senta aqui que vou te contar a história desse jardim.’ Ela me contou que o marido dela que cuidava e quando ele adoeceu, as plantas murcharam. Depois de sete dias ele morreu e as plantas morreram juntas”.

Depois de relembrar a história, o experiente empreendedor afirmou: “a planta sente, ela tem vida”.

Em Curitiba, a Estação Primavera circula todos os dias, das 10 horas às 17 horas, sem um itinerário específico. Já a loja na Ceasa abre das 6 horas às 14 horas.

O que??

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