O Centro de Curitiba é conhecido pela infinidade de produtos e serviços oferecidos pelos mais de 1.300 estabelecimentos comerciais espalhados pela região. A oferta é gigantesca, com opções para todos os bolsos. No entanto, os Caçadores de Notícias percorreram as principais ruas da parte central da capital para descobrir o que é possível fazer com apenas R$ 10 na carteira.
Na Rua Pedro Ivo, próximo à Praça Rui Barbosa, é possível encontrar uma das lojas que oferece roupas com preço máximo de R$ 10. São dois andares de loja que oferecem desde bijuterias até conjuntos de lingerie. A variedade de produtos é enorme e o movimento é intenso durante todo o horário de expediente. “Abrimos das 9h às 19h e não tem hora que diminui o fluxo de clientes”, conta a gerente Josiane Mainardes.
Ela conta que muitos dos clientes procuram os produtos para si próprios, mas há um volume grande de vendas para pequenos revendedores. “Há muitos lojistas de bairros mais distantes e cidades da região metropolitana que nos procuram pelos preços. Como não oferecemos nenhum tipo de limite no número de produtos que cada cliente pode levar, eles aproveitam. E para a gente, é bom negócio também. Quanto mais vender, melhor”, explica Josiane.
Felipe Rosa |
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Com dez reais na carteira, dá pra comprar vários tipos de produtos e serviços no Centro. |
A aposentada Rosalva de Souza é cliente assídua da loja. Ela diz que, além dos preços, a qualidade dos produtos chama atenção. “O pessoal pensa que só tem porcaria, mas não é bem assim. Tem muita coisa boa, é só procurar. Hoje estou levando uma blusa para minha cunhada, que faz aniversário. Aqui dá para comprar presente para todo mundo”.
Salgadinhos fazem sucesso
Felipe Rosa |
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Luiz Carlos: em média, um freezer e meio de minicoxinhas por dia. |
Perto dali, na Rua José Loureiro, próximo à Praça Carlos Gomes, está localizada a mais nova estrela da culinária barata do centro de Curitiba. A lanchonete Rei da Coxinha oferece apenas um tipo de produto: minicoxinha.
Mas os preços e a quantidade oferecida nas porções têm feito a alegria de quem aprecia quitutes gordurosos. O estabelecimento vende 90 unidades por R$ 9. Também há porções de 15, 30 e 45 unidades, que custam, respectivamente, R$ 1,50, R$ 3 e R$ 4,50.
O gerente Luiz Carlos de Oliveira Júnior conta que a lanchonete, aberta há pouco mais de três meses, tem agradado o público do Centro. “Ficamos abertos durante quase o dia todo e sempre tem movimento. O pessoal que trabalha e estuda na região tem consumido bastante. Não dá para chegar a um número certo, mas estamos vendendo em média um freezer e meio de minicoxinhas por dia”, revela.
Exemplos de tradição
Felipe Rosa |
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Nivaldo: gasta quem pode. E quem não quer gastar, tem opção também. |
Também há programa tradicionais por menos de R$ 10 na região central. Para engraxar os sapatos na tradicional Boca do Brilho, na Praça Osório, ou em outros pontos do calçadão da Rua XV de Novembro, quem gosta de andar “na beca” não gasta mais do que R$ 8.
Seu Nivaldo Correia dos Santos, 75 anos, é engraxate há 40 anos e conta que o serviço já foi mais valorizado. “Antigamente se pagava melhor e dava para viver exclusivamente disso. Hoje é uma renda extra para a aposentadoria. Mas com menos de R$ 10 ainda é possível engraxar os sapatos no Centro. E tem mais coisas baratas. Gasta quem pode. E quem não quer gastar, tem opção também. Podem vir tranquilos”, brinca.
Para quem usa óculos, um aperto nos parafusos pode ser executado por R$ 7. Já nos populares cafés da Boca Maldita é possível adquirir um “pacote” com três cafezinhos por menos de R$ 6.