Um terreno que abrigava uma escolinha de Educação Infantil virou motivo para dor de cabeça de moradores do Água Verde, em Curitiba. O espaço, que fica na rua Bento Viana, entre as avenidas Iguaçu e Silva Jardim, ficou abandonado depois que a instituição foi para outro endereço.
Um morador que prefere não se identificar conta que a mudança da escola ocorreu durante a pandemia do coronavírus. Na ocasião, algumas televisões e brinquedos permaneceram no local e seriam levados posteriormente pela direção da instituição.
LEIA TAMBÉM:
>> Corpo de trabalhador desaparecido em explosão em Palotina é encontrado
>> Com BR-116 interditada, passageiros fazem bailão com moda de viola em rodoviária; Vídeo!
No entanto, o espaço não continuou preservado e a situação mudou quando criminosos perceberam que o local estava vazio. Tudo foi levado, inclusive o telhado. De acordo com o morador, os furtos começaram há cerca de seis meses.
“Está todo mundo alarmado. É bem destoante. Passa pelo bairro, pela rua e tudo está certinho. Chega ali e parece que estourou uma bomba de tão destruído que está”, desabafa o homem.
Além dos saques, outro problema são as invasões. Conforme a denúncia feita para a Tribuna, é comum que pessoas invadam o terreno e a estrutura que restou da casa para usar drogas ou dormir no local. E isso está causando insegurança na região.
O homem afirma que a casa dele também já foi invadida, no dia 26 de julho. Quando acordou, por volta das 2h30, escutou barulhos no quintal. Ao verificar o que estava acontecendo, viu que dois homens estavam tentando furtar itens do seu carro. Ele acredita que só não foi roubado porque conseguiu espantar a dupla aos berros.
O homem conta que já ligou diversas vezes para a Polícia Militar (PM) e que o fim da história é sempre o mesmo: uma equipe vai até o local, mas quando chega, alega que não pode tomar muitas providências por se tratar de uma propriedade privada. No mês de maio, o morador também procurou a Prefeitura de Curitiba para denunciar a situação.
Além dos órgãos oficiais, o homem já tentou contatar até o dono do imóvel, mas não teve sucesso. Apesar de não ter conseguido, ele afirma que o proprietário está ciente do problema, pois outros vizinhos já contaram que conversaram com ele.
Indignado com a situação, o morador espera que o problema seja resolvido logo. “A escolinha, que era para ser o futuro das crianças, hoje serve de refúgio para marginais tirarem a paz da região”, diz.
E aí, prefeitura?
Em nota, a Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) de Curitiba informa que sabe sobre o problema e que já realizou uma fiscalização que constatou a necessidade de vedação do terreno. Além disso, a secretaria confirma que notificou e multou o proprietário. Entretanto, ele entrou com recurso, que ainda está sendo analisado.
“A SMU reforça que a conservação e manutenção dos imóveis – limpeza, tanto na área de passeio como na área interna do terreno e da edificação, assim como a vedação no alinhamento predial (muro em alvenaria, grade ou tela) e em todos os vãos da edificação (portas, janelas, sacadas) são de responsabilidade do proprietário do imóvel, estando o mesmo em uso ou não.”
A prefeitura também relembra a importância da denúncia pela Central 156. Por essa canal, a população pode informar e registrar reclamações de abandono de imóveis na cidade. “A SMU realiza a fiscalização dos locais em situação de abandono a partir de denúncias da população.”
O que diz a PM
A Polícia Militar (PM) afirma que os moradores podem acionar uma equipe toda vez que notarem uma movimentação suspeita. O canal para denúncias é o 190.
Denuncie pra Tribuna
Faça como o denunciante anônimo dessa reportagem, que entrou em contato com a Tribuna e relatou a situação da escolinha pelo WhatsApp dos Caçadores de Notícias. Você viu alguma irregularidade na sua região? Quer mandar uma foto, vídeo ou fazer uma denúncia? Entre em contato com a gente pelo número (41) 9 9683-9504.