Pesquisadores desenvolveram um equipamento que promete acabar com as gotículas de saliva de pessoas infectadas com coronavírus, que ficam pelo ar após um espirro e que podem contaminar outras pessoas. É um aparelho de filtragem eletrostática, desenvolvido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com um sistema de exposição de luz ultravioleta, que inativa vírus, fungos e bactérias causadores de doenças.
Segundo a UTFPR, o equipamento é capaz de eliminar gotículas do espirro de um ambiente de 30 m² em cerca de 50 minutos. O professor Fernando Castaldo, coordenador do projeto, explica que o equipamento promove a circulação do ar ambiente sugando as gotículas para o interior do aparelho. Dentro do coletor, elas recebem uma descarga elétrica, tornando-se eletricamente carregadas, depois, pelo princípio da ação eletrostática, as gotículas são retidas nas estruturas internas e iluminadas com luz UV germicida.
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Desa forma, o ar purificado passa por um filtro de carvão ativado para eliminar o ozônio residual gerado internamente, antes de ser devolvido ao ambiente. O ciclo é contínuo e o equipamento protege o ambiente à medida que o ar vai sendo filtrado.
“O equipamento foi pensado para ser rapidamente produzido em escala pelo parque industrial existente, como a indústria que processa chapas metálicas e afins. Penso que esta demanda poderia ser atendida pelos pequenos empreendimentos do setor de calhas. A eletrônica requerida pode ser terceirizada. Quanto à instalação, basta pendurá-lo e ligá-lo na tomada”, explica o professor.
Castaldo explicou que o projeto foi idealizado após uma pesquisa da Universidade de Toho, no Japão, que confirmou q persistência dos perdigotos no ar por longos períodos de tempo. Já o coletor desenvolvido na UTFPR tem um diferencial que permite a produção em escala a um custo atrativo, sem linhas de montagem.
O coletor foi desenvolvido no Laboratório de Fabricação Eletrônica (Efab) do Departamento de Eletrônica (Daeln) da UTFPR e, além do professor Fernando Castaldo, conta com a participação do pesquisador Gabriel Kovalhuk, dos alunos Bruno Cruz, Leonardo Furini, Tobias Salazar, Ygor Vasco, e com o apoio dos professores Tania Monteiro, Luciane Agnoleti e Daniel Pigato.
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