Os usuários do transporte púbico de Curitiba devem se preparar para pagar passagem mais cara a partir de fevereiro. O Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano) estima um aumento de, pelo menos, 10% no valor da tarifa este ano.

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Segundo Valdir Mestriner, presidente da instituição, no segundo mês do ano empresários e trabalhadores apresentam suas reivindicações de remuneração para manter os serviços prestados. “Como as empresas precisam renovar a frota de ônibus e também calculam todos os custos com manutenção, combustível e reajuste nos salários da mão de obra, a diferença na tarifa deve ser de, no mínimo, 10%”, informou.

Valor

Com a tarifa em R$ 3,70, o ajuste elevaria o valor da passagem para aproximadamente R$ 4,10. No entanto, há quem afirme que esse valor também não seria suficiente para manter o sistema. “Ouvi empresários falando em R$ 4,50 porque a tarifa atual não cobre nem os custos do serviço, e a renovação da frota gastaria muito mais”, revela.

A definição do valor cabe à Urbanização de Curitiba (Urbs), que não está disposta a falar a respeito do assunto enquanto os sindicatos não apresentarem suas reivindicações para 2017. Esses pedidos devem ser apresentados a partir do dia 1º de fevereiro, que é a data-base para que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) apresente a reivindicação de reajuste salarial dos colaboradores.

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De acordo com o presidente da entidade, Anderson Teixeira, esse valor já está quase definido e deve ser divulgado ainda esta semana. “Queremos fechar isso o mais breve possível”. Quando o valor for definido, o Sindicato das Empresas de Transporte (Setransp) também poderá estimar o custo total necessário para manutenção do serviço, já que 50% da tarifa técnica recebida pelas companhias é usado para folha de pagamento. “Essa tarifa técnica, que vamos definir até 26 de fevereiro, é o valor que as empresas recebem de cada passagem. Atualmente, está em R$ 3,66, enquanto a tarifa social paga pelo usuário é de R$ 3,70. Em São Paulo, essa tarifa técnica é R$ 5,71 e o passageiro paga R$ 3,80”, cita.

Os sindicatos defendem que existam outras fontes de recursos para que o custeio do sistema não se dê unicamente pela passagem.

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