Depois de muitas negociações, os trabalhadores do transporte coletivo de Curitiba receberam a primeira parcela do 13º salário e a greve não será necessária desta vez na capital. No entanto, ela ainda pode acontecer no município de Araucária, onde a empresa responsável pelo pagamento não havia confirmado os depósitos até a tarde desta quarta-feira (30).

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Segundo o Sindicato Patronal (Setransp), as 11 empresas de Curitiba precisaram recorrer a financiamentos bancários e também deixaram de pagar outras contas para honrar o compromisso com os colaboradores. “Nós contávamos com o apoio da Prefeitura, já que a Câmara Municipal de Curitiba havia informado que não solicitaria o repasse de 11 milhões referente ao mês de dezembro, e esse valor poderia ser utilizado para o transporte. Só que a administração disse que esses recursos já estavam destinados para outros setores”, conta.

A Setransp lamentou essa decisão da Prefeitura porque há anos existe um desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão, o que está levando o sistema modelo de transporte coletivo ao colapso. “A projeção de passageiros estipulada para o cálculo da tarifa técnica não se verifica na prática. A Urbs estimou que 148 milhões de passageiros embarcariam nos ônibus de março a outubro, porém a realidade foi outra: 138 milhões. A perda com essa projeção equivocada supera os R$ 35 milhões, e essa perda fica visível no fim do ano com o 13º. Só que nós fomos atrás de outra solução para não parar a cidade com uma greve”, explica.

Além disso, o sindicato informa que a Urbs está em dia com todos os repasses e também auxiliará as empresas de transporte coletivo da capital por meio de adiantamentos no início de dezembro. “Isso nos ajudará a pagar a folha deste mês, mas continuaremos negociando para conseguirmos quitar a segunda parcela do 13º no dia 20”, pontua.

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Greve

De acordo com Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc), até às 18h desta quarta-feira, todas as empresas de Curitiba já haviam realizado o pagamento da primeira parcela, então a greve está descartada na capital. “Só que a empresa de Araucária disse que faria o pagamento até 20h. Caso o valor não seja depositado, os trabalhamos da cidade vão parar porque isso já foi definido em Assembleia”, informa.

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