Centros esportivos e quadras de aluguel de Curitiba, que voltaram a funcionar no fim de agosto, depois de ficarem fechados por meses durante a pandemia, foram novamente proibidos de abrir suas portas após a publicação do decreto municipal 1640 na última sexta-feira (4), que impôs regras mais duras de combate ao novo coronavírus na capital. No último fim de semana, uma cancha já foi interditada pela Vigilância Sanitária, no bairro Capão Raso por ter, segundo a prefeitura, aglomeração, pessoas sem máscara e estar em desacordo com o último decreto.
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As novas medidas, no entanto, revoltaram os empresários do setor, pelo medo de novos prejuízos e por se sentirem injustiçados diante das normas impostas a outros segmentos da economia, consideradas por eles, mais brandas e flexíveis, e que permitem o funcionamento.
Em resposta ao decreto, a Associação Paranaense dos Centros Esportivos (Apace) divulgou no último sábado (5), uma carta aberta endereçada ao governador do Paraná Ratinho Júnior (PSDB), ao prefeito de Curitiba Rafael Greca (DEM) e aos demais prefeitos Região Metropolitana de Curitiba e do estado. No documento, os representantes do setor questionam os dados sobre a covid-19 e a nova onda da pandemia, além de cobrarem a autorização para que possam abrir os centros esportivos.
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Para o vice-presidente da Apace e também dono de uma quadra na CIC, Claudinei Santos, os espaços de prática esportiva de Curitiba já seguem protocolos de prevenção contra a covid-19. Além disto, segundo ele, a proibição prejudica os empresários da capital, já que a atividade não foi suspensa nos municípios da região metropolitana.
“O grande problema é que o município de Curitiba está proibindo os centros esportivos de trabalharem, no entanto, toda a região metropolitana está operando normalmente. Além disso, a grande indignação do nosso segmento, é o fato de que o resto está liberado para trabalhar: comércio, shopping, restaurante, está todo mundo trabalhando normalmente, operando normalmente, com restrição de horário noturno naturalmente, mas numa rotina normal”, diz Claudinei. “Basicamente, o que a gente tá pedindo ao prefeito de Curitiba é que revogue o inciso 6º do artigo 2º do último decreto, do Decreto 1640. Porque ele nos proíbe de trabalhar”, reforçou o vice-presidente da Apace.
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Para tentar reverter a situação, os empresários informaram nesta segunda-feira (7), que vão entrar com mandados de segurança na Justiça, pedindo pela autorização para a reabertura em Curitiba. “Infelizmente a Apace ainda não tem um ano de existência, senão nós entraríamos em nome da Apace com esse mandado de segurança. Mas a decisão de hoje cedo foi de entrar com mandado de segurança coletivo e a documentação já está sendo preparada para isso. Isso é mais uma ferramenta que a gente está buscando para tentar trabalhar dentro da lei”, apontou Santos.
Veja a carta aberta divulgada pelos representantes de centros esportivos