Uma quadrilha que se faz passar por funcionários de empresas que realizam coleta ambiental voltou a agir em Curitiba. Acredita-se que os criminosos sejam os mesmos que foram presos em 2019 pela Polícia Civil do Paraná, e que pouco tempo ficaram detidos pelo mesmo crime.
No último mês, comerciantes de vários bairros de Curitiba tiveram produtos como óleo vegetal furtados. Homens se dizem funcionários de uma empresa de São Paulo, entram no estabelecimento, muitas das vezes com autorização de algum funcionário, e retiram grandes quantidades de produtos usados em restaurantes. Estes suspeitos utilizam uniforme semelhante aos usados por empresas, e emitem nota de certificado final de resíduo.
César Canabrava, um dos responsáveis pela Cantina do Délio, no bairro Batel, teve dois barris de óleo vegetal de 50 litros furtado. “Isso ocorreu faz um mês, e agora estamos de olho. Na semana passada, vimos que eles agiram em outro ponto do Batel, como já tinha acontecido no Alto da XV. Eles pegam o barril e vazam. Isso no lugar que compra da gente paga de R$ 250 a R$ 300”, comentou o empresário. Délio ganhou destaque na pandemia após decidir doar um bar de renome localizado no Alto da XV.
Impunidade
De acordo com informações apuradas pela reportagem da Tribuna do Paraná, ao menos um integrante que está atuando nos furtos, esteve detido pela Polícia Civil em julho de 2019. Na época, três homens foram presos na Avenida Manoel Ribas, no Mercês, momentos após eles terem agido em restaurantes de Santa Felicidade. No caminhão apreendido havia cerca de 1,4 mil litros de óleo vegetal.
Apesar de terem sido detidos, o trio pouco ficou preso. Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), no mesmo mês foi revogada a prisão preventiva. O Ministério Público (MPPR) ofereceu a suspensão do processo.