O temporal que atingiu alguns bairros de Curitiba na última terça-feira (09) causou alguns estragos pela cidade, como falta de luz e queda de galhos. Algumas pessoas tiveram grandes problemas, como é o caso da empreendedora Jhenifer Daniel Maffissoni. Proprietária da Amavie, loja de sapatos femininos, ela sofreu um prejuízo de mais de R$ 20 mil após uma enxurrada molhar parte do estoque de calçados da loja.
Jhenifer relata que a situação aconteceu por volta das 16 horas, quando a chuva estava bastante forte. De forma inesperada e muito rápida, a água entrou pela parede e molhou todo o estoque, um espaço de 300 metros que fica nos fundos da loja localizada na Avenida João Gualberto, no Alto da Glória.
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O acontecido foi uma surpresa desagradável, ainda mais pelo fato de esse ser um novo endereço da loja. Anteriormente, o comércio ficava na Galeria Guimarães, na XV de Novembro. Há cerca de dois meses, o ponto mudou.
“A gente ainda não sabe como entrou água pela parede. A imobiliária e o pessoal da engenharia estão tentando descobrir de onde veio essa água, foi um volume muito grande”, comenta Jhenifer.
De acordo com ela, em cerca de cinco minutos o estoque estava molhado e muitos sapatos encharcados. “A parte dos fundos é bem grande e alagou toda essa parte. Foi algo muito rápido. Não é uma tromba d’água porque isso não dá em prédios, mas é como se fosse, veio uma água muito rápida e tomou conta do estoque”, compara a proprietária da Amavie.
Muito triste com a situação, Jhenifer afirma que nos quatro anos em que possui a marca, nunca passou por nada parecido. “As vezes a gente comenta que acontecem algumas coisas, tipo, os Correios perdem o calçado, o carteiro é assaltado, a gente perde um par aqui na loja, mas isso da gente perder muitos pares nunca tinha acontecido. Então é um choque muito grande para gente. Querendo ou não é um sonho, eu não ganhei a Amavie, eu trabalhei muito, então é uma tristeza”, lamenta.
Com 223 pares molhados, a empreendedora calcula um prejuízo superior aos R$ 23 mil. “O calçado varia o custo. O mais barato é R$ 70, mas tem bota aqui que custa R$ 250. Então a gente faz uma média. Fora outras coisas que a gente acabou perdendo, tipo o puff que estava no chão e molhou. A gente só computou, até agora, a perda dos calçados, que é nosso objetivo principal”, explica.
Empreendedora de Curitiba mostra prejuízo em loja de calçados após temporal
Nervosa com a situação, Jhenifer gravou um vídeo mostrando os calçados molhados e publicou nas redes sociais. Nos comentários, algumas clientes sugeriram que ela venda os pares danificados a preços mais baixos. Entretanto, a comerciante ainda não sabe se vai aceitar essa ideia, pois tem uma preocupação.
“Estamos cogitando a questão de fazer o bazar, mas pode ser que a gente venda um calçado para o bazar e ele descole. Então estamos tentando ver o que fazer para tentar sanar esse prejuízo que a gente teve”, expõe.
Apesar de ainda estar contendo os danos, Jhenifer confirma que as lojas física e virtual estão funcionando normalmente. Além disso, o comércio garante a entrega de um produto de qualidade.