Muita gente deixou de visitar o litoral por causa da pandemia, mas o coronavírus não mudou a rotina das espécies migratórias que passam pelas praias do Paraná. Por causa de condições climáticas e também uma série de outros fatores, 150 animais foram encontrados encalhados nas praias do litoral paranaense em apenas cinco dias, mais da metade apenas na região entre Pontal do Sul e Ipanema.
Entre os animais encontrados, diferentes espécies de aves, pinguins, golfinhos. Até um boto cinza chegou a ser resgatado. No entanto, de acordo com o Laboratório de Ecologia do Centro de Estudos do Mar da UFPR, apenas 10% dos animais resgatados sobreviveram.
LEIA TAMBÉM – Nova lei é esperança de penas mais justas a quem comete maus-tratos animais
Segundo a coordenadora do Centro de Estudos do Mar, Camila Domit, não existe uma razão específica que explique a situação atípica. “Os encalhes não são só um reflexo daquele momento, mas de uma condição climática dos últimos dias. Foram muitos animais, e muitos animais de espécies diferentes”, explicou Camila Domit, em entrevista ao jornal da RPC Meio Dia Paraná desta quarta-feira (14). Os sobreviventes passam por exames, ficam no centro de reabilitação da universidade até se recuperarem para ter condições de voltar para a natureza.
Em casos de animais encontrados encalhados no litoral, a especialista explica que é importante não mexer, nem tentar retirá-lo do lugar. O manejo correto precisa ser feito por um biólogo, até para avaliar se o animal está saudável. O contato com o Centro de Estudos do Mar pode ser feito pelo telefone 0800 64 233 41.