Agora na Câmara

Eleito vereador, Hernani quer atender solicitações e representar o Bairro Alto e Atuba

Hernani foi eleito vereador em Curitiba na sua sexta eleição. Foto: Divulgação.

Depois de 20 anos e após sua sexta eleição municipal, Hernani (PSB) vai ser vereador de Curitiba a partir de 2021. Não pretende defender temas específicos na Câmara Municipal, mas quer ser o representante da região do Bairro Alto e Atuba, onde vive há 55 anos.

Nascido na capital paulista em 1963, mudou-se com a família para Curitiba ainda aos dois anos de idade. Na juventude, trabalhou “na roça” e passou a se compreender as necessidades dos agricultores da região, que vendiam sua produção de forma irregular, sem alvará para a atividade. Em 1996 assumiu a responsabilidade por organizar a situação e criou um feirão de hortifrutigranjeiros, que recebeu o nome de Ceasinha.

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Como o nome sugere, o local funciona como uma versão menor das Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), empresa pública destinadas a organizar a comercialização de produtos da hortifruticultura a nível de atacado na região de Curitiba. Localizado no Atuba, o Ceasinha fica aberto das 4h às 9h da manhã, fornecendo produtos principalmente para mercados e restaurantes locais. “Como representante dos agricultores de Curitiba e região metropolitana, promovo o direito deles de produzir e de vender seus produtos”, diz.

Por causa da função, passou a se tornar cada vez mais conhecido como uma liderança no bairro. Presidente do conselho de saúde de sua região, aproximou-se do então secretário municipal de saúde Luciano Ducci, que, em 2000, implantou o programa Mãe Curitibana, voltado à atenção materno-infantil. Hernani participou da iniciativa com a criação do grupo de voluntários Anjos do Bairro, que passou a acolher gestantes, além de mães e bebês em situação de risco no Atuba.

Hoje, a iniciativa conta com mais de 100 voluntários e cerca de 80 colaboradores, que realizam diversas outras ações sociais. “Ajudamos muitas pessoas com doação de cadeiras de rodas, cadeiras higiênicas, andadores, muletas entre outras coisas”, conta. Ao fim de cada ano, realiza ainda campanhas de Natal solidário, fazendo doações de brinquedos.

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Ainda em 2000, candidatou-se a vereador de Curitiba pela primeira vez pelo PRP, partido que em 2019 seria incorporado ao Patriota. “Fui incentivado pelos agricultores e pelos voluntários do grupo a sair candidato”, lembra. Na ocasião, recebeu 982 votos. “Tive uma boa experiência. Quase não fiz campanha e obtive uma boa votação”, avalia. “Desde então, sempre estive nessa tentativa.”

Com o passar do tempo, foi conquistando mais eleitores. No pleito municipal seguinte, em 2004, ainda pelo PRP, fez 2.154 votos. Em 2008, a convite de Ducci, de quem já tinha se tornado amigo, ingressou nos quadros do PSB. Na nova sigla, conseguiu 2.797 votos, número que saltou para 4.211 em 2012. Em 2016 obteve sua maior votação: 4.726 votos, mais do que 11 candidatos que acabaram eleitos – em razão das regras de distribuição de cadeiras por coligação, ficou de fora do legislativo mais uma vez.

Na eleição de 2020, em que houve recorde de abstenção de eleitores, conquistou a única cadeira do partido com 3.136 votos. Na campanha, contou com o importante apoio de sua companheira, Joce, pedagoga, com quem vive há 38 anos e com quem tem dois filhos, já adultos.

“Meu compromisso de campanha é fazer um mandato participativo. Ninguém melhor do que o morador para saber as demandas do bairro. Meu objetivo é fazer com que as solicitações sejam atendidas.”

Não defende bandeiras específicas. “Quando você se propõe a representar os munícipes, tem de ir onde estiver a deficiência”, explica. “Gosto e entendo muito de saúde pública. Também sou um adepto do esporte. Tenho conhecimento na parte de urbanismo e infraestrutura. Já participei muitas vezes de conselho de segurança do bairro. E por aí vai.” Recém-eleito, já começou a montar sua equipe de gabinete. “São pessoas bem qualificadas, que a gente já conhece há bastante tempo”, diz.

Vai apoiar o prefeito Rafael Greca (DEM) na Câmara Municipal. “Considero que fez uma ótima gestão, até porque foi reeleito, o que não deixa dúvidas de que o curitibano o aprovou”, diz. Também tem boas relações com o vice-prefeito reeleito Eduardo Pimentel (PSD). “Acho que é uma pessoa que vai suceder o atual prefeito com muito êxito”, prevê.

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