A secretária de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, voltou a cobrar dos curitibanos um posicionamento de cuidado e respeito às regras de combate ao novo coronavírus, principalmente com a proximidade das celebrações de fim de ano. Segundo ela, Curitiba vive um momento crítico, resultado da da decisão da sociedade. Nesta quinta-feira (10) o boletim covid-19 bateu recorde, com 21 mortes na capital por covid-19.
“É um momento crítico, difícil e inesperado. Não é uma época em que teríamos preocupação com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por conta do período de primavera indo para o verão. Esse é o resultado da decisão da sociedade, já disse isso várias vezes. O tamanho da pandemia é o tamanho do comprometimento de cada um”, afirmou.
Segundo a secretária os curitibanos devem repensar como será este final de ano, destacando que é possível fazer uma ceia com as regras de distanciamento. “Daqui poucos dias temos o final de ano, a celebração do natal. Que a gente pense e como que queremos viver esse momento e o preço que vamos pagar por isso. É caro a gente perder vidas, é muito caro anunciar mais de 20 óbitos por dia”, pediu.
“Se você gosta do seu pai, da sua mãe, da sua vó, pense nisso. É possível fazer uma ceia com distanciamento. Cada um pega seu prato e come longe. As pessoas têm que se preparar, evitar aglomeração”, alertou a secretária, ressaltando que as UTIs e sua capacidade operacional têm limite. Nesta sexta-feira (11), mais 14 leitos foram liberados para atendimento exclusivo de covid-19.
A secretária destacou dois pontos cruciais para o aumento dos casos em novembro, quando ocorreram as eleições municipais. “As pessoas acharam que a pandemia acabou e acabaram perderam o medo do vírus. Aglomeração é deletério. Não façam confraternizações, evitem. Tivemos uma grande movimentação da sociedade e um comportamento de risco dos jovens, que levam o vírus para os pais, avós, idosos”, ressaltou a secretária.
Decreto com punições
Sobre a votação dos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba, que aprovou a proposta que define punições para pessoas físicas e jurídicas que desrespeitarem medidas contra covid-19. “Vamos adotar as medidas necessárias, pois algumas atitudes são de muita afronta aos nossos fiscais. No sábado fechamos um bar em um dia e no outro estava aberto novamente”, desabafou a secretária.
Segue a bandeira laranja?
O decreto, vigente até dia 17, de bandeira laranja, que deverá seguir por causa nas altas de casos e óbitos. “Pense antes se vale a pena. Se você for a um evento de aglomeração, não veja seus pais, seus avós”, pediu.