Casos em alta

“É horrível, mas podemos ter bandeira vermelha em Curitiba se situação não melhorar”, alerta Márcia Huçulak

Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

A secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, alertou que Curitiba pode voltar para a bandeira vermelha caso a situação na cidade não melhore em uma semana. Nesta quarta-feira (12) a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) renovou o decreto de bandeira laranja, mas apenas por uma semana por causa da elevação nos casos ativos na cidade, ou seja, de pessoas capazes de transmitir o vírus.

“Em quinze meses de pandemia tivemos várias ondas. Tudo indica que estamos indo para uma quarta. Nossa expectativa com a bandeira é de baixar os casos. Temos uma transmissão de 1.06, um aumento de procura nas unidades básicas, aumento de exames positivados. Ou seja, todo aquele ciclo que vivemos no passado. É horrível, mas, na próxima quarta-feira, se não houver mudança no perfil, vemos novamente para a vermelha”, alertou a secretária de saúde em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC, desta quinta-feira (13).

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Outra preocupação nesta época é com o tempo mais frio, o que motiva ambientes fechados, com menos circulação de ar. “Tempo mais frio com ambientes fechados e as pessoas tendem a ficar menos preocupadas. É preciso ventilar e circular o ar, ainda mais agora que temos quadros respiratórios exacerbados”, disse.

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Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Internamentos mudam de grupo

Por causa da vacinação em idosos, finalizada no começo de maio em Curitiba,o risco maior de covid-19 hoje em dia é com o grupo de 50 a 59 anos, que ainda não foi vacinado. “Vacina é a saída dessa situação, vemos a queda significativa nesse grupo de idosos e temos um deslocamento para esse pessoas entre 40 a 59 anos”, disse.

Por conta dessa preocupação, nesta semana o prefeito Rafael Greca (DEM) enviou uma carta ao ministério da saúde pedindo doses de vacina para todos entre 50 e 59 anos. “Existe uma reunião na Câmara Técnica, órgão que discute essa solicitação. A próprio quadro mostra que pessoas nesta idade estão internando. Defendemos a vacina para todos, tínhamos que usar o exemplo Europeu: por idade e vai baixando, mas, especialmente nesse grupo, são muitas pessoas com comorbidade”, disse Huçulak.

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Cuidados seguem

Márcia Huçulak ressaltou ainda para o cuidado da população já vacinada em Curitiba. Segundo ela, a prevenção deve seguir, pois vacinados podem transmitir o vírus para quem não foi imunizado. “A vacina faz com que seu organismo se defenda caso entre em contato com o vírus. Mas a pessoa ainda pode carregar o vírus e transmitir. A taxa da segunda dose ainda é muito baixa, temos um longo caminho pra chegar pelo menos aos 70% dos vacinados”, disse, ressaltando que a vacina não impede a pessoa de transmitir o vírus caso tenha sido infectada.

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