Dois homens foram encontrados mortos, na noite de segunda-feira, dentro de um barraco no final da Rua Renato Gurgel do Amaral Valente, Jardim Acrópole, no Cajuru.
A casa fica quase à beira do Rio Atuba, na divisa com Pinhais, e em frente a uma cancha de futebol. Uma das vítimas foi identificada extraoficialmente como João Gilberto Nunes da Mota, 57 anos, e seguia no Instituto Médico-Legal (IML) para reconhecimento. Ezequiel Hipólito da Silva, 41, foi identificado pela família.
O superintendente Odimar Klein, da Delegacia de Homicídios, disse que uma mobilete teria sido levada, o que pode caracterizar latrocínio (roubo com morte). Ele também esclareceu que nenhum dos dois tinha passagens pela polícia ou era usuários de drogas.
Os investigadores levantaram que João seria proprietário do imóvel, e tinha sido procurado por compradores. Odimar acredita que, como João se recusou a vender a casa, os interessados pela moradia se vingaram.
Execução
O crime ocorreu por volta das 22h, numa casa de madeira que divide espaço com outras residências no mesmo terreno. Apesar dos tiros, nenhum morador ao redor teve coragem de sequer abrir a janela para ver o que acontecia. A polícia apenas recebeu uma ligação informando que dentro daquela casa havia dois corpos.
A perita Cristina, do Instituto de Criminalística, constatou que os dois tinham tiros na cabeça. João Gilberto estava deitado em colchão na cozinha, ouvindo um radinho de pilha, quando foi morto. No quarto, seu colega caiu ao lado da cama. Não havia sinais de luta nem de arrombamento na residência.