Dupla é presa por assassinato em Campo Largo

Impressões digitais deixadas no box do banheiro por um dos assassinos de Guilherme Francisco Poleto, 17 anos, foram suficientes para levar a polícia de Campo Largo a apurar os nomes de quatro suspeitos e prender dois deles.

O homicídio ocorreu na madrugada de 22 de março, na Avenida Centenário, no centro do município, onde o jovem, filho único, morava com a mãe, em um sobrado de classe média alta. O motivo do crime, segundo o assassino, era Guilherme se portar como um “mauricinho” e esnobar a “galera mais pobre”.

Aliocha Maurício
Paulo confessou o crime.

De família abastada, o jovem apesar de menor de idade tinha carro e nos fins de semana saía para as baladas, provocando outros rapazes, com os quais discutiu várias vezes.

Numa destas noites ele foi “jurado” de morte por Paulo Roberto de Jesus Ferreira, 21, o “Zorbinha”, que garantiu: “O dia em que eu descobrir onde este “cara’ mora, ele estará morto”.

Endereço

Quando soube do endereço de Guilherme, Paulo pediu emprestada a pistola do amigo Carlos Eduardo Mendes, 21, e o convidou para o assassinato. Também chamou os amigos Alexandre José dos Santos, 25, e Cristiano Maekel da Silva, 19, mas disse a eles que iriam fazer um assalto, sem machucar ninguém.

Naquela noite, os quatro seguiram até o sobrado. Alexandre ficou do lado de fora. Os outros três, mascarados, pularam o muro. Carlos arrombou a janela do banheiro, entrou e abriu a porta para os demais. Com a movimentação, o alarme da casa disparou.

A mãe de Guilherme levantou e não percebendo nada de anormal, desligou-o e voltou a dormir. Novamente o alarme soou e, quando ela foi até a sala, foi rendida e ameaçada.

Gritou de susto, alertando o filho que, ao atendê-la, foi morto com dois tiros no peito, dados por Paulo. Para fazer parecer um roubo, levaram R$ 20 que estavam em cima de um móvel.

Pistas

A participação dos papiloscopistas do Instituto de Identificação do Paraná foi fundamental para o esclarecimento do caso. Com a impressão digital de um suspeito, o nome de Carlos foi levantado. Descobriu-se que tinha uma arma e, agora, está foragido.

A partir daí, os nomes dos demais foram apurados. Paulo foi o único a confessar o crime, admitiu ser o autor dos tiros e disse, ontem, na delegacia, que não estava “nem um pouco arrependido”. Cristiano, indiciado como coautor, também está preso. Alexandre foi indiciado pelo latrocínio (roubo com morte) e foi liberado.