Donos de bares e restaurantes de Curitiba fazem um protesto na tarde desta quinta-feira (17) no bairro Centro Cívico, onde fica a prefeitura, circulando com um ônibus para marcar os seis meses do primeiro decreto da pandemia de coronavírus que restringiu atividades do setor. A manifestação começou por volta das 15h, reunindo empresários e trabalhadores do setor. Com Curitiba em bandeira laranja, os bares não podem abrir.
Segundo os organizadores, a escolha do ônibus simboliza a falta de bom-senso da administração municipal por permitir que o transporte público funcione, muitas vezes com lotações, enquanto que os bares e restaurantes não.
A reclamação do setor não é só com o transporte público, que segundo os empresários oferece mais risco de contágio por coronavírus do que os bares e restaurantes, mas também com a falta de critério. “Nos sentimos perseguidos e marginalizados, enquanto em locais e serviços públicos como praças, parques, feiras têm ocorrido aglomerações sem qualquer interferência”, reclama Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).
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O protesto desta quinta-feira reúne diversas entidades que representam o segmento da gastronomia, entretenimento e turismo. O ônibus que eles circulam traz faixas como “Ir ao Restaurante é mais seguro que andar de ônibus”, “Ônibus lotado pode” e “Não marginalizem quem quer trabalhar, pagar impostos e gerar empregos”. Os textos são uma crítica aos coletivos que, de acordo com os empresários, circulam cheios pela cidade enquanto os bares e restaurantes continuam sob regras que restringem o funcionamento.
O protesto é organizado pela Abrabar, Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (Sindabrabar), Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Paraná (SindiProm), Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares do Paraná (Feturismo) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR).