Terminado mais um dia de expediente em seu supermercado, o comerciante Hélio Pereira dos Santos, 37 anos, seguia a pé para casa, quando foi executado a tiros, alguns à queima-roupa na cabeça.

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Ele fechou o estabelecimento, na esquina das Ruas Paranavaí e Alzira, Conjunto Áquila, em Pinhais, e caminharia apenas uma quadra. Porém, foi executado no meio do trajeto.

O crime ocorreu pouco depois das 20h de ontem. De acordo com vizinhos, Hélio costumava encerrar as atividades do Supermercado Prata sob a vigilância de um segurança, que mora a poucos metros de lá. Mas Hélio dispensou o vigilante. Em seguida, caminhou pela Rua Paranavaí, quando dois rapazes numa moto se aproximaram.

“Chuva”

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Como viu que os suspeitos vinham em sua direção, Hélio correu, mas debaixo de uma chuva de balas, foi alcançado e fuzilado. Quando a vítima já estava caída no asfalto, na esquina da Rua Paranavaí e Rua Eurípedes Moraes e Silva, quase em frente ao portão de sua casa, ainda levou pelo menos mais dois tiros à queima-roupa na cabeça.

Os marginais fugiram sentido Avenida Maringá. Eles provavelmente já conheciam
a rotina do comerciante pois, segundo vizinhos, estavam parados a alguns metros do estabelecimento, esperando Hélio ir embora.

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A dupla estaria numa moto azul, 150 cilindradas, provavelmente uma modelo Broz. Quem deu cabo da execução foi o garupa, armado com uma pistola ponto 40. Dezenas de cápsulas desse calibre foram encontradas espalhadas, num rastro de cinquenta metros do corpo.

Trabalho

Uma amiga da família revelou que Hélio morava há cerca de 20 anos no bairro. No entanto, era dono do supermercado há pouco mais de 12 meses. Na vizinhança, o comerciante era tido como trabalhador, sério, benquisto, mas que não aceitava a ideia que bandidos lhe roubassem. Apesar disso, não há notícias que ele tivesse reagido a algum assalto ou mesmo se confrontado com assaltantes.

Pela quantidade de tiros   disparados pelos marginais, a polícia não acredita em latrocínio (roubo com morte), e sim vingança. Hélio era casado e tinha um filho pequeno. Antes de comprar o supermercado, trabalhava com seguros.