Sobrevivente de um atentado que vitimou duas pessoas de uma mesma família em maio do ano passado, Marcos Aurélio Siqueira da Silva, 20 anos, o “Dentinho”, foi executado com oito tiros, na noite de quinta-feira, na invasão Terra Santa, Tatuquara.
A poucos metros dali, Wellington Nogueira, 23 anos, teve o mesmo fim do colega de profissão. Os dois, segundo a polícia, trabalhavam como carregadores da Ceasa.
De acordo com a Delegacia de Homicídios, os crimes foram registrados pouco antes das 21h. Testemunhas contaram ao investigador Magalhães que Marcos estava reunido com amigos na frente de um bar na Rua Matheus Luiz Dalagassa, quando o grupo foi cercado por oito homens armados.
Marcos foi baleado, mas correu em direção à sua casa, na Rua Santa Cruz. Porém, antes de conseguir refúgio foi executado na esquina da Rua Liberdade, com dois tiros na cabeça, cinco nas costas e um na barriga.
Outro
A cerca de 100 metros de onde Marcos foi fuzilado, Wellington foi assassinado na Rua Missões, com um tiro no rosto. A mulher do rapaz disse ao investigador que o marido havia saído de casa de bicicleta para ir jogar futebol com os amigos.
No caminho, foi surpreendido, provavelmente, pelo mesmo grupo que atirou em Marcos. Os criminosos roubaram a bicicleta, o boné e o moletom que a vítima vestia.
Segundo Magalhães, a polícia acredita que os autores sejam os mesmos. Eles também podem ser os responsáveis por outro duplo homicídio, ocorrido em 26 de maio do ano passado. Marcos foi baleado na garagem de casa.
Os atiradores, num Gol branco, seguiram pela rua paralela e balearam Danny Willian von Wieding, 16 anos, e os irmãos Antoniel von Wieding Lopes, 15, e Adalto von Wieding Lopes, 22, que eram amigos de Marcos.
Danny, que morreu na ambulância, e Antoniel, que ficou ferido gravemente, também eram carregadores da Ceasa. Adalto era vendedor de piscinas e morreu na hora.
Reportagem ameaçada
Redação
A poucas quadras do local dos crimes, a caminho para fazer a reportagem, um carro da Rede Massa foi atingido por um projétil. O tiro acertou o vidro traseiro do veículo e por pouco não feriu alguém.
Os policiais não descartaram a possibilidade de o atirador ser o mesmo que cometeu os crimes, pois segundo testemunhas, o assassino fugiu em direção à Rua da Paz, onde a equipe sofreu o atentado.
