A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Conselho Regional de Enfermagem (Coren/PR) foram informados sobre o caso de um recém-nascido que sofreu queimaduras ao fazer o teste do pezinho no Hospital do Trabalhador (HT), em Curitiba, na última segunda-feira (20).
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De acordo com a família, a criança recebeu alta do hospital, mas chegou em casa aos prantos. A vó paterna, Scheila Vanessa, ao cuidar do bebê, percebeu que o incomodo estava no pé direito e ao visualizar o local, viu a pele queimada e com bolhas.
Depois que percebeu o ferimento, a família retornou ao hospital, onde a criança foi examinada e encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI) .“Dói na alma, não era para a gente estar passando por isso. Era um momento feliz. É um verdadeiro pesadelo”, disse a avó para a RPC.
O pai do bebê, Rodrigo Correia, que estava presente no momento do teste do pezinho, contou que não presenciou a forma como que a enfermeira fez o procedimento. No entanto, ele lembra que a profissional chegou no quarto com um copo de água quente.
O exame do pezinho é considerado um procedimento invasivo e pouco doloroso. Em dias frios, o profissional de enfermagem aquece o pé do recém-nascido para garantir uma coleta mais rápida e segura. A massagem é o jeito mais comum.
Polícia comunicada
Para formalizar a situação com o filho, Rodrigo Correia registrou o caso no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). Um Termo Circunstanciado foi assinado por ter ocorrido uma lesão corporal, mas não cabe inquérito policial.
Além da investigação policial, o Hospital do Trabalhador está procurando entender o que ocorreu, e um relatório deve ser encaminhado em 30 dias para a área jurídica da instituição. Já o Coren, vai apurar o caso, e a profissional pode sofrer punições previstas no Código de Ética.
O que diz o hospital
Procurado pela Tribuna do Paraná para comentar o que houve durante o teste do pezinho e informar o atual estado de saúde do bebê, o Hospital do Trabalhador, por meio da assessoria da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (Sesa), respondeu que “o Hospital está verificando o caso”.