Dia de combate!

Projeto no Paraná dá voz aos alunos vítimas de bullying nas escolas (e fora delas)

Foto: Freepik.

O 7 de abril é o Dia Nacional de Combate ao Bullying. Essa data marca o massacre de Realengo, bairro da cidade do Rio de Janeiro, onde um rapaz de 23 anos de idade que sofreu bullying na infância, entrou na escola e matou doze crianças, sendo dez meninas e dois meninos. Depois que ele foi atingido por um vigilante, cometeu suicídio, ou seja, a crueldade realizada talvez pudesse ter sido evitada.

Esse caso não foi o único, e infelizmente, situações semelhantes estão ocorrendo com maior frequência em todos os lugares do Mundo. Nos últimos dois meses, São Paulo, Rio de Janeiro e por último em Blumenau, em Santa Catarina, demonstra que é preciso ficar em alerta máximo diariamente.

No Paraná, a preocupação é iminente das autoridades para evitar uma tragédia. A questão do bullying faz parte do trabalho de pedagogos e professores que analisam nas salas de aula a forma como o aluno é tratado pelos colegas. Uma das novidades é o projeto Escola Escuta, onde se coloca uma simples caixa, e o aluno escreve sobre o que está se passando dentro e fora do colégio.

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Lourival de Araújo Filho, coordenador de Diversidade e Direitos Humanos da Secretaria Estadual de Educação (Seed), relatou que o instrumento já serviu para uma aluna que escreveu estar sofrendo preconceito devido ao cabelo. “As caixas são revisadas diariamente e tivemos relatos de bullying. Uma criança negra, linda, mas que os colegas tiravam sarro do cabelo. Ela não queria mais ir para a escola. Tivemos que trabalhar pedagogicamente para mostrar aos colegas que isso não se faz”, disse Lourival.

Além da caixa, a Seed estará reforçando na próxima semana, aulas sobre bullying para crianças e adolescentes na rede estadual de ensino. “Temos aulas preparadas na semana que vem para falar do bullying em todas as séries. O combate é necessário e iremos intensificar durante todo o ano. Nós estamos em alerta desde quando ocorreu o caso em São Paulo e fazendo reuniões com os núcleos de Educação. Quando ocorre uma ameaça, nós monitoramos. Temos o apoio do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), com 1800 professores fazendo curso sobre Saúde Mental”, reforçou o coordenador.

Lição de Casa

Não é somente em casa que os pais precisam ficar atentos. Dentro do quarto ou mesmo na companhia de aparelhos eletrônicos, o perigo pode vir pela internet. Jogos, desafios ou mesmo conversas com estranhos podem resultar em grandes problemas. “A gente percebe que tudo isso está sendo desencadeado pelas redes sociais. Temos que ficar atento para inibir esse movimento estranho. Além disso, olhem as malas dos filhos. Não queremos fazer das crianças do Paraná um motivo de investigação, mas faça a verificação quando ele vai ao banheiro, converse e mantenha informado”, completou Lourival.

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