Luis Cesar de Paula Espíndola, desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), autor da frase “as mulheres estão loucas atrás de homens(veja o vídeo abaixo), pediu uma licença especial remunerada. O período de ausência iniciou nesta quarta-feira (10) e vai terminar no dia 31 de julho.

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Esse afastamento remunerado é um benefício previsto no estatuto e não exige a apresentação de motivos.

Segundo o Portal de Transparência do TJ-PR, no mês de maio de 2024, o último disponibilizado no site, o total de rendimentos do desembargador foi superior a R$ 133,6 mil. Com os descontos, o rendimento líquido totalizou R$ 92.673,88.

Fala polêmica

A polêmica com o desembargador ocorreu em uma sessão da 12ª Câmara Cível no começo de julho. A fala foi uma resposta à desembargadora Ivanise Tratz, sobre o suposto assédio de um professor de uma cidade do interior do Paraná contra uma aluna de 12 anos. Ela pediu a palavra e fez uma defesa da vítima adolescente e das mulheres.

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“Não poderia deixar de manifestar numa situação em que uma menina de 12 anos, que está mais para criança do que adolescente numa cidade do interior, numa escola pública, foge, se prende no banheiro, recorre à mãe, mostra que recebeu mensagens de whatsapp, diz que o professor passou a mão, deu piscadinha olha… E ainda por cima não dar credibilidade à palavra desta vítima, que é uma mulher e uma menina, né! Então, ela é sim uma vítima! A palavra dela tem que ser considerada”.

Na sequência, o desembargador Luís César de Paula Espíndola disse que o discurso feminista estava desatualizado. “Se vossa excelência sair na rua hoje em dia, quem está assediando, correndo atrás de homem, são as mulheres, porque não tem homem. Esse mercado é um mercado que está bem diferente. Hoje em dia, essa é a realidade. As mulheres estão loucas atrás dos homens, porque são muito poucos”. E continuou. “Mulherada louca atrás do homem, louca por um elogio, uma piscada, uma cantada educada. Elas estão cantando, assediando, porque não tem home. Essa é nossa realidade”.

Nota lamentou o ocorrido

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Após o episódio virar assunto na imprensa, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) publicou uma nota do desembargador, que lamentou o ocorrido. Leia abaixo

“Esclareço que nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino nas declarações proferidas por mim durante a sessão da 12ª Câmara Cível do tribunal, afinal, sempre defendi a igualdade entre homens e mulheres, tanto em minha vida pessoal quanto em minhas decisões. Lamento profundamente o ocorrido e me solidarizo com todas e todos que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão.”

OAB manifestou repúdio

A OAB Paraná emitiu uma nota oficial sobre a fala do desembargador.

“A OAB Paraná manifesta publicamente seu repúdio ante à odiosa manifestação do desembargador. As estarrecedoras manifestações do magistrado afirmando que ‘as mulheres estão loucas atrás dos homens’ e imputando às mulheres, generalizadamente, comportamento que ele classifica como ‘assédio aos homens’, além de discriminatórias, expressam elevado grau de desconhecimento sobre o protocolo para julgamento com perspectiva de gênero, de cumprimento obrigatório pelos magistrados e tribunais. Revelam ainda profundo desrespeito para com as mais recorrentes vítimas de todo o tipo de assédio: as meninas e mulheres brasileiras”, diz a nota.

CNJ abriu reclamação disciplinar

Além das notas de repúdio, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar contra o desembargador que será intimado da decisão e terá 15 dias para prestar informações sobre os fatos.

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