O julgamento de Erik Wermelinger Busetti, delegado acusado de matar a esposa e a enteada em 2020, no bairro Atuba, em Curitiba, inicia nesta segunda-feira (08) no Tribunal de Júri. A mulher assassinada também era policial civil, a escrivã Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos. Já a enteada do delegado, Ana Carolina de Souza, tinha 16 anos. Elas foram baleadas dentro da residência do casal.
>>>ATUALIZAÇÃO! Julgamento de delegado acusado de matar esposa e enteada é adiado
As investigações apontaram que o delegado disparou pelo menos sete vezes contra a esposa e seis contra a enteada. Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), o crime foi cometido por “motivo torpe”, pois Erick não aceitou o fim do relacionamento com Maritza, sendo denunciado pelo MPPR por duplo feminicídio.
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Na residência em que morava o casal, na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, câmeras de segurança gravaram todas as cenas.
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O que dizem os advogados
Por meio de nota, a advogada que representa a família das vítimas, Louise Mattar Assad, comunicou que existem provas do crime em vídeo, gravações anteriores em áudio e registros de WhatsApp. Já o representante de Erik, Renan Canto, informou que pretende demonstrar vídeos da convivência da família para mostrar que o delegado nunca foi violento.
O delegado está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desde os assassinatos. Ele foi preso em flagrante e admitiu o crime para dois policiais militares.
Delegado segue recebendo salário
Mesmo preso, Erik Busetti segue recebendo salário pelo cargo público. Em março de 2024, a remuneração bruta foi de R$ 26.762,70. Um servidor para de receber em caso de exoneração, o que pode ocorrer por decisão judicial no processo criminal ou por procedimento administrativo da Polícia Civil.