A partir deste sábado (13), os ônibus que circulam em Curitiba devem ter no máximo 50% da capacidade de passageiros. O novo decreto municipal foi divulgado na noite de sexta-feira (12) tem medidas mais rígidas como a proibição de abertura de serviços não essenciais. A prefeitura determinou a alteração da bandeira da laranja para vermelha com alerta máximo para a propagação do coronavírus na capital.
O objetivo é diminuir os números de casos e mortes pela covid-19, além de reduzir a lotação nas UTIs da cidade (98%). O lockdown atinge as atividades por um prazo de nove dias.
Segundo o decreto 565/21, no artigo 6°, os veículos utilizados no transporte púbico deverão circular com lotação de até 50% em todos os períodos do dia, ou seja, os motoristas não devem parar para embarque em estações-tubo ou pontos se o veículo já estiver com metade da capacidade ocupada. Nos terminais, as linhas maiores só podem iniciar viagem com máximo de 30% de ocupação.
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Fiscais da Urbs, empresa que gerencia o transporte público de Curitiba, seguem orientando as pessoas em terminais de ônibus. A frota opera com cerca de mil veículos (80% do total) no geral, mas com 100% dos veículos nas principais linhas. Até a última quinta-feira (11), o movimento diário estava em cerca de 350 mil passageiros
No decreto anterior, o serviço público poderia atender 70% da lotação máxima nos ônibus. No entanto, algumas linhas em horários de maior movimento, os usuários reclamam que esta regulamentação não era seguida e os ônibus estavam lotados.
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Tudo “normal” na RMC
Uma das grandes críticas por parte da população são os ônibus lotados que se deslocam por cidades da região metropolitana de Curitiba. A Comec, órgão do governo do estado responsável pelas linhas da região metropolitana, informou por meio de nota que irá continuar operando com suas respectivas tabelas de sábado, domingo e dias úteis, até a próxima segunda-feira quando será avaliada a demanda de passageiros.
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A orientação da Comec é que a população busque horários alternativos no transporte público para evitar aglomerações. “Temos um grande desafio, que é o transporte coletivo. Na região metropolitana, 78% dos usuários utilizam o sistema nos horários de pico, entre 5h30 e 7h30 e entre 17h e 18h30. Fora destes horários os ônibus circulam muitas vezes vazios. Precisamos fazer com que as pessoas utilizem os ônibus nestes horários, que haja um equilíbrio”, relatou o diretor-presidente da Comec, Gilson Santos.
Um dos exemplos de uma linha que fica lotada diariamente é a Campo Largo – Campina do Siqueira. Nos primeiros horários da manhã, entre 5h30 e 8h05, a média diária apresenta quase 1200 passageiros em um trajeto de 49 quilômetros entre a Curitiba e o município vizinho.
“Precisamos que os empregadores flexibilizem os horários dos seus colaboradores, independente do serviço. É um momento muito delicado da pandemia e só vamos vencer esse momento com a colaboração de todos. Seja o comerciante, o empresário e até o empregador doméstico”, reforçou Gilson.