O pequeno Igor Moraes Dias Lopes Vieira, aluno do 5º ano do Ensino Fundamental, conseguiu um feito para uma criança de sua idade: um prêmio nacional na área de tecnologia. O curitibano de apenas 10 anos foi um dos poucos participantes a conquistar a medalha de ouro na modalidade teórica da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), a mais importante competição de ciência e tecnologia do país voltada a estudantes da rede pública e privada.
As provas da OBR foram realizadas nos dias 05 e 06 de agosto, com a participação de 117 mil alunos de todo o Brasil, divididos em 6 níveis, de acordo com o ano escolar que estão cursando. Em sua primeira participação, Igor já conquistou a medalha de ouro no nível 2, para alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, categoria que contou com aproximadamente 23 mil concorrentes.
O medalhista de ouro revela que sua paixão surgiu assistindo a vídeos do Youtube sobre programação de jogos. “Há mais ou menos quatro anos, eu comecei a assistir aos vídeos de automação do Nofaxuland no Youtube e pensei: por que não fazer isso na vida real? E foi aí que eu comecei a me interessar mais por robótica e a estudar na escola”, diz o menino.
Mesmo com a pouca idade, Igor já domina algumas áreas da robótica. A mãe, Lanova Dias Lopes Vieira, explica que o filho começou a estudar o assunto quando tinha apenas 6 anos, no 1º ano do Ensino Fundamental como parte da grade curricular de sua escola. “O Igor já programou jogos, montou robôs, participou de campeonato de futebol de robô (fabricando um robô do zero) e agora está iniciando um projeto para fazer um submarino”, comenta a mãe orgulhosa.
Outro que fala com orgulho sobre o menino prodígio é o professor, Ismael Dias, da Escola Dumont, especializada em ensino avançado de robótica a crianças e adolescentes de Curitiba e Região. Ismael explica que já nas primeiras aulas o garoto demonstrou uma facilidade incrível com a parte de programação, organizando os pensamentos de forma estruturada e resolvendo questões clássicas com bastante facilidade.
“Ao longo destes anos, ele já criou mais de uma dúzia de projetos e agora está bastante engajado no projeto do submarino. É incrível ver ele criando, pois ele integra muito bem a criação de games, a robótica móvel e o desenvolvimento de aplicativos, não se limitando a uma única ferramenta estudada no curso. É uma criança fascinante”, revela, entusiasmado, o professor.
De olho no futuro
Tendo em vista o grande potencial do menino, pais e professores já pensam nos próximos passos para proporcionar que Igor tenha todas as ferramentas para aprender mais e explorar seu potencial técnico e criativo. O professor também destaca que as aulas e projetos de robótica na Dumont seguem com foco total, já que no ano que vem o objetivo é que o aluno participe de seu primeiro evento internacional: a competição latino-americana de robótica.
Igor também está entusiasmado com as novas oportunidades e se depender dele já sabe que caminho seguir no futuro profissional. “Quero muito trabalhar com automação em geral quando eu for adulto”, afirma o pequeno cientista.