No dicionário, a palavra bondade significa: qualidade de quem tem alma nobre e generosa, naturalmente inclinado a fazer o bem. Um curitibano é exemplo de que não é preciso esperar o poder público para poder ajudar quem mais necessita. Bondade é ter empatia e força de vontade em colaborar. Willian Braz, o cara da Bondade, tem mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, e está descongelando o coração de brasileiros.

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Willian Braz, 37 anos, investidor, e desde agosto do ano passado, ganhou o apelido de Willian da Bondade. Costuma produzir conteúdo digital abordando pessoas oferecendo ajuda. A questão da grana ficou em segundo plano na maioria dos vídeos, pois os seguidores têm a oportunidade de conhecer a história de gente que fica muitas das vezes “escondida” dos olhos da sociedade. Com a rede da bondade, Willian amparou várias pessoas a conquistarem itens caros, mas que podiam ajudar a melhorar a condição de vida.

Entre os presentes já conquistados estão perna mecânica, próteses dentárias, cadeiras de rodas motorizadas, pagamentos de contas de hipermercados, celular, dias especiais em parques, e tantas outras ações com um único objetivo: AJUDAR!

Vídeos feitos por Willian bombam nas redes sociais e o objetivo é simplesmente ajudar quem precisa. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

A atividade como produtor de conteúdo teve início quando ele retornou ao Brasil, em 2022. Depois de morar nos Estados Unidos, Itália e Inglaterra, onde teve o lado filantrópico aflorado ao trabalhar como motoboy, quando costumava dar comida aos moradores em situação de rua, decidiu olhar ao redor, buscou conhecimentos em investimentos e ganhou o mundo.

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“Sobrava muita comida e dávamos para os moradores de rua. Era uma sensação muito boa, descobri depois que quando a gente faz o bem, o corpo libera um hormônio chamado ocitocina, é viciante. Quando se faz o bem, a gente deseja novamente sentir a reação da pessoa. Aprendi que é mais legal dar do que receber. É prazeroso”, disse Willian.  

Milhares de seguidores

Quanto aos vídeos que viralizam nas redes sociais, Willian tem a colaboração de uma pequena equipe. Em alguns casos, as histórias das pessoas são selecionadas com antecedência, mas tem situações que ocorrem na hora, sem roteiros ou algo do tipo. O primeiro vídeo que bombou nas redes sociais veio por um sonho.

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“Vim passar uma temporada no Brasil de três meses. Sonhei que paguei a conta de uma senhora em um supermercado. Cheguei em um senhor, e perguntei se ele poderia pagar um leite, pois disse que estava sem dinheiro. Eu tinha o valor, e a pessoa negou. O vídeo repercutiu muito, e na sequencia, uma senhorinha pagou meu leite ( o nome dela é Sandra), e por ser generosa, paguei a conta inteira dela. Postei o vídeo um dia depois, deu mais de um milhão de visualizações. Na hora pensei, foi sorte. Gravei outros vídeos e o número acompanhou. Acredito que estamos descongelando o coração de muitos brasileiros”, relembrou o Cara da Bondade.

Pura emoção!

A reação das pessoas que são abordadas por Willian nem sempre são positivas. Em um caso, quando ele “se passou” por morador em situação de rua para testar o grau de coletividade no Centro de Curitiba, chegou a ser empurrado. Como na maioria das vezes acaba chegando próximo de pessoas com mais idade e pouco acesso a informação, elas desconfiam.

“Tem de tudo, mas é emocionante. Tem dois casos que emocionam demais, a da Daiane, que precisou amputar um perna devido a um câncer. A encontrei vendendo balas com duas muletas (um maior que a outra), nos juntamos e arrecadamos R$ 70 mil. Entregamos o dinheiro que ela utilizou para comprar uma perna mecânica de ultima geração, e deu entrada em uma casa. A dona Marilia,  sonho dela era ter uma cadeira de rodas motorizado. Conseguimos uma das melhores do mercado, a alegria dela foi demais, demos liberdade para ela”, comemorou Willian. Relembre o caso abaixo:

Quanto ao recursos utilizados, Willian utiliza apoio de via vaquinhas virtuais, doações, monetizações recebidas pelas plataformas digitais pelos vídeos e próprios. “Chamo de rede da bondade. Anteriormente, bancava as ações com meus investimentos, mas hoje temos ajudantes. Enfatizo sempre, os bons aqui são maioria, temos apoiadores que acreditam na gente. Ganho na monetização da rede social um bom dinheiro. Utilizo também para o bem, quanto mais você faz bem, o Universo vai te entregar, e estar preparado para receber. A minha finalidade de vida é essa, viver bem, viajar como sempre fiz, e tento não ostentar. Uma viagem é conhecimento, vejo muitos deficientes físicos no Brasil, mas em outros países tem a inclusão. Aqui o diferente é excluído, infelizmente falta gestão, tem que parar de pensar em votos, e fazer algo legal para o próximo”, comentou o Cara da Bondade. 

Ajuda e personalidade

Willian relatou para a Tribuna do Paraná que nunca recebeu ajuda financeira da prefeitura ou outro órgão público. Segundo ele, é positivo não ter essa relação, a independência de se fazer qualquer produção precisa ser verdadeira e sem lado politico.

“Não tenho, e acho que nem quero ter. Muitos podem apoiar, mas alguns talvez queiram usar isso de palanque, prefiro não ter nenhum lado. Quero ser eu, sem abraçar um lado político” completou o curitibano que é querido nas ruas pelos seguidores. “Sou de Londrina, mais cedo curti a postagem dele, e queria muito encontrá-lo. Estou muito feliz, adoro o trabalho que faz, apoiando pessoas humildes que tem história”, elogiou Neiva Azevedo. 

“É um trabalho importante, ele demonstra que ajuda os próximos sem demonstrar interesse. Lembro do vídeo que colocou um cobertor e começou a andar pelo centro como morador de situação de rua. Pediu um lanche, quase todos negaram, e ele recebeu de um rapaz e ficou conversando. É de arrepiar”, falou a enfermeira Mayara Moreira. 

Willian relatou para a Tribuna do Paraná que nunca recebeu ajuda financeira da prefeitura ou outro órgão público. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Despedida com emoção

Praticamente na despedida da equipe da Tribuna do Paraná com o Willian na Praça Osório, no Centro de Curitiba, uma senhora estava recolhendo latinhas em um lixeiro. Rapidamente, Willian pegou o celular do bolso e foi atrás dela perguntado do desejo daquele momento. “Quero encontrar meu filho, o Edson José da Silva. Moro na rua, tenho 67 anos, é meu sonho de Natal. Durmo perto do Mercado Municipal”, respondeu Clenilda Gonçalves. 

Willian demonstrando serenidade e sabedor das reações da idosa, foi com calma nas perguntas. Ofereceu pagar um almoço, ela recusou. O desejo dela não é dinheiro, é ter o filho de volta. No fim da conversa, aceitou receber R$ 50, mas deu aula a todos que ali passavam ao recusar mais R$ 50 de Willian. “Está ótimo, isso é muito para mim. Por que eu precisaria de mais?”, e foi embora a dona Clenilda sonhando em ter o filho novamente próximo.

O que??

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