Fica no bairro Campo de Santana, no extremo sul da cidade, o novo parque que deve ser aberto aos curitibanos. A prefeitura da capital trabalha com a perspectiva de que o espaço, com 350 mil metros quadrados de área verde, incluindo mata nativa, seja aberto ao público no próximo mês. Enquanto isso, o projeto Águas do Iguaçu Reservas Hídricas, que chegou a ter anúncio sobre a abertura também até o fim de 2022, foi adiado.
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Com previsão inicial de entrega para março de 2022, o Pinhal do Santana fica a 20 quilômetros do centro da cidade. A curiosidade deste que será o 45º parque/bosque de Curitiba está na localização, em frente à aldeia indígena Kakané-porã, na Rua Delegado Bruno de Almeida.
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Além da reforma de um espaço que abrigará atividades da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude, estão sendo erguidos um posto da Guarda Municipal, um parquinho inclusivo, uma pista de caminhada de 700 metros, Jardins de Mel e uma quadra poliesportiva.
Veja imagens do local:
Parques da Águas do Iguaçu Reservas Hídricas ficarão para depois
Planejado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) para ter pelo menos uma parte do espaço aberta ao público curitibano já no fim de 2022, um parque com estruturas de lazer previsto no projeto Águas do Iguaçu Reservas Hídricas acabou ficando para depois, segundo informações do órgão.
O espaço, próximo da Rua Nicola Pellanda, no bairro Umbará, também ao sul da capital, era de um parque particular que por anos ofereceu um pesque-e-pague. O local está fechado e precisa de projetos urbanísticos para poder ser reaberto ao público.
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Consultado pela Gazeta do Povo, o arquiteto Sérgio Matheus, assessor especial da SMMA e coordenador do projeto explica que as características gigantescas da iniciativa, que tem como foco a segurança hídrica da Região Metropolitana de Curitiba, foram responsáveis por adiar a inauguração por tempo ainda indeterminado.
“Como o projeto das reservas hídricas tem um caráter ambiental forte, de preservação e também com objetivo de ampliar a captação de água, iniciamos uma busca por financiamento externo visando a política de créditos de carbono, um incentivo que fez com que segurássemos um pouco a expectativa de querer botar logo essa iniciativa em prática”, diz ele.
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Após firmar parceria com o governo estadual, a Prefeitura de Curitiba conteve o avanço com recursos públicos do município para buscar financiamento externo, depois de ajustada a legislação, um passo importante que ainda precisa ser concluído.
“Temos que esperar a regularização das leis existentes, tanto municipais quanto estaduais, visando um marco regulatório e até definições de coeficientes de ocupação diferenciados, para poder voltar a falar com proprietários de terras da região”, explica o representante da Prefeitura. De acordo com Sérgio Matheus, toda implantação de parque envolve estudos do entorno, pois que se as margens não forem ocupadas adequadamente, dificilmente o parque “sobrevive”.
Grandes números envolvem o projeto das reservas hídricas
O projeto das reservas hídricas envolve grandes números: uma área de 4,5 milhões de metros quadrados, sendo 27 km de extensão apenas em Curitiba e que deve, somente nas cavas presentes, antes usadas para extração de areia, reservar até 43 bilhões de litros de água. Os primeiros editais para o projeto foram publicados pela Sanepar em meados de outubro, voltados a estudos de áreas.
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“Teremos agora que aguardar estudos hidrológicos, que envolvem a percepção sobre tempos de ocorrências de cheias, as definições sobre os melhores pontos de captação, e muitas outras informações, até termos certeza sobre as áreas que os parques poderão ocupar, o que acabando colocando-os como uma das últimas etapas a serem realizadas”, explica o assessor da SMMA.
Parque terá oito vezes o tamanho do Barigui
O trecho inicialmente planejado para ser entregue ainda este ano faz parte de um “grande parque” previsto no projeto, que deve ser construído entre a Rua Nicola Pellanda e a BR-116, na região sul de Curitiba, abrangendo bairros como Umbará, Caximba e Campo de Santana nas proximidades do Contorno Leste.
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Ele deve resultar na criação do maior parque da capital paranaense. O espaço terá 5 quilômetros de extensão por 1 quilômetro de largura, o que representa oito vezes a área do Parque Barigui, hoje o maior da cidade.