A vacinação de covid-19 em Curitiba será aberta a toda a população por ordem decrescente de idade na próxima fase da imunização. Com a alteração no Plano Municipal de Imunização, assim que terminar a aplicação nos grupos de pessoas com comorbidades, começa a vacinação de pessoas com 59 anos, seguindo a ordem até a faixa etária de 18 anos. O início da imunização por idade, porém, ainda não pode ser estipulado pela prefeitura pelo quadro atual de baixa quantidade de vacinas [leia mais abaixo].
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A imunização por idades na capital será paralela a dos grupos prioritários: professores e trabalhadores da educação, policiais e agentes da segurança pública, agentes carcerários, detentos e trabalhadores do transporte coletivo, portuário e aeroportuário.
A mudança no cronograma municipal de vacinação ocorre após o Ministério da Saúde aprovar quinta-feira (27) alteração na ordem do Plano Nacional de Imunização (PNI). Antes mesmo da alteração do Ministério da Saúde, o Rio de Janeiro já havia decidido iniciar a vacinação por ordem de idade, que começa na próxima segunda-feira (31) com mulheres de 59 anos.
A decisão do Ministério da Saúde foi tomada após reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) com representantes municipais, estaduais e federal. O pedido oficial de alteração foi encaminhado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Porém, a própria prefeitura de Curitiba havia sugerido essa mudança diretamente ao Ministério da Saúde. “Sugerimos a vacinação de maneira ampla, irrestrita e democrática para nos livrar da burocracia e, ao mesmo tempo, para multiplicar a possibilidade da vacinação. Deste modo, podemos vacinar desde já professores, policiais, motoristas, cobradores e condutores de ônibus e todos os profissionais que estão na faixa etária entre 50 e 59 anos”, argumentou o prefeito Rafael Greca (DEM) em vídeo postado nas mídia sociais no dia 11 de maio.
Atraso nas vacinas
O início da vacinação por idade decrescente em Curitiba, entretanto, não tem previsão de data por causa da baixa quantidade de vacinas. Isso porque tanto o Instituto Butantan quanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tiveram problemas de produção de imunizantes causados pelo atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para fabricação da Coronavac e Astrazeneca, respectivamente.
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Essa defasagem de doses chegou a paralisar a vacinação de pessoas com comorbidades na última terça-feira (25). A imunização deste grupo só foi retomada quinta-feira (27), agora para pessoas de 30 anos ou mais.
“É sabido que nas próximas semanas haverá um menor quantitativo de vacinas em função do atraso dos ingredientes farmacêuticos tanto no Butantan quanto na Fiocruz, as duas fornecedoras de vacinas no Brasil”, avaliou o médico Alcides Oliveira, chefe de Centro de Epidemiologia da prefeitura de Curitiba, durante sessão da pandemia na capital na Câmara de Vereadores terça-feira. “Desejamos que esse obstáculo seja resolvido nas próximas semanas”, espera Oliveira.